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sábado, 24 de setembro de 2011

DAVID SERVAN-SCHREIBER

Neste mês em que estive meio “sumida”, uma notícia me entristeceu muito.


O Dr. David Servan-Schreiber, que escreveu o livro “ Anticâncer – Prevenir e vencer usando nossas defesas naturais”, morreu.

Ele viveu (isso mesmo, o termo é viveu ao invés de sobreviveu) 19 anos após um diagnóstico de tumor cerebral que lhe dava, no máximo, 6 meses de vida.

Ele dedicou todos esses anos a pesquisar o que poderia ser feito, ao lado das terapias tradicionais, para tentar vencer o câncer. Uma luta diária contra um inimigo invisível e traiçoeiro...

Conseguiu muito. Seu livro, para mim, é leitura obrigatória para todos. Nos tira da acomodação, de colocar nossa saúde nas mãos de médicos e do destino e nos mostra que não é só isso. Nós também temos muito a fazer.

Dizem que, antes de morrer, todo homem tem que ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore

Sei que ele teve um filho e escreveu livros. Não sei se chegou a plantar uma árvore.

Mas seu livro, já deu, dá e dará tantos frutos, que equivale a ter plantado um  pomar gigante.

Sinto como se tivesse perdido um amigo próximo, a quem consultava todos os dias.

No último parágrafo de seu livro, ele escreveu:


            Mas existe uma outra reação típica ao relato de meu caso, que corre o risco de surgir – uma reação que atenta mais contra a vida. Alguns dirão talvez:”Antes de seguir os conselhos dele, espere para ver se ele ainda estará vivo no ano que vem...” É uma maneira de preferir que ninguém escape à norma, para não ter que reconsiderar os próprios esquemas de pensamento. A esses, eu responderia que não sei se estarei aqui dentro de uma ano, ou de dois, ou de sessenta. Eles têm razão, eu não sou invulnerável. Mas estou certo de que jamais lamentarei ter vivido como vivo hoje, porque a saúde e o ganho de consciência que essa mutação íntima fez entrar em minha vida dão a ela,  na minha opinião, um valor muito maior. Só tenho um anseio em relação a cada um de vocês ao terminar este livro. Quer estejam doentes ou bem de saúde, espero que também escolham se abrir plenamente a essa consciência – ela é seu direito de nascença – e que a vida de vocês se banhe, por muito tempo, na sua luz.
 

Que pena, queria que tivessem sido sessenta. Tenho certeza que muitas pessoas ainda vão se beneficiar de tudo que ensinou.


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