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Eu tive um AVC... E agora?
Silvana Lima Nascimento
Há um bom tempo venho ensaiando voltar com a página “Livros”, pois todo dia me pedem uma indicação de livros para ler.
Ficava só adiando, porque ando envolvida com muitas coisas diferentes.
Só que agora recebi  um livro, que li em 3 horas, que acho que vai reabrir essa página com chave de ouro.
Foi Flávio, meu colega/amigo que me falou dele, e despertou meu interesse.
Foi escrito pela ex-mulher de um amigo dele, que teve um AVC, sobreviveu a ele, mas não resistiu a uma depressão.
Suas irmãs resolveram publicar seus “manuscritos”.
A coincidência já começou com o nome do livro:
Eu tive um AVC.. E agora?
Pois já escrevi um texto, que virou página aqui no blog, Tenho um filho autista. E agora?
Depois um parágrafo:
“Vou aproveitar para dar uma dica a você que é profissional ou gosta de trabalhar na área da saúde, principalmente aos profissionais que estão no CTI. Cuidado! Os pacientes que estão perto da morte, na maioria das vezes, só não falam, estão como mortos, mas ouvem tudo que é dito ao redor e dói muito quando alguém fala coisas do tipo:
- Ah! Essa não tem jeito, vai morrer mesmo!”
Esse é um assunto que já foi falado aqui, nossos meninos não conseguem se expressar, falar, mas muitos que conseguiram sair do autismo falam que sempre entendiam tudo, sabiam o que falar, mas não conseguiam que as palavras saíssem.
Sempre vejo o desespero de Ana, quando quer achar alguma coisa no computador, tenta me explicar, e não consigo entender. São sentimentos de frustração e de impotência incríveis.
E Silvana  ( seu nome é Silvana Lima Nascimento) descreve isso perfeitamente.
Em seu livro “Três Poetas de sua Vida”, Stefan Zweig escreve sobre a dificuldade de se escrever uma autobiografia:
Que heróica paciência e segurança de si próprio não precisa um homem, antes de poder pronunciar com autoridade as palavras sublimes: ‘ Vidi cor meum’. – Conheci meu coração!
E como é penosa a volta!
Isto é, como é difícil emergir das profundezas do próprio ser para o mundo exterior!”
Silvana conseguiu esse feito, não como Casanova, Stendhal ou Tolstói, os poetas citados, mas como uma pessoa que conseguiu colocar no papel sentimentos que mesmo nós não conhecemos, mas que com certeza nossos filhos conhecem.
Não sei onde o livro pode ser achado, pois só achei um email para contato:
 Na falta de uma foto da capa do livro, coloquei borboletas, que eram uma de suas paixões.




Gente,
Ontem chegaram uns livros que eu tinha comprado em setembro, pela Amazon.com. Demoraram mas chegaram.
Um dos livros que comprei foi o da Jenny McCarthy, Louder than Words. Eu falei sobre ela na página A História da Ana e do Santa.
Comecei a lê-lo ontem à tarde, e não consegui parar, até acabar.
Ela conta sua história, desde quando começaram os problemas com seu filho: o susto da primeira crise epiléptica, a romaria por médicos que nunca explicam nada, a demora por um diagnóstico, o diagnóstico, o desespero, a solidão dentro do casamento, as noites sem dormir, a procura por alguma saída, as boas notícias, a solidariedade, os remédios, o medo dos efeitos dos remédios, os tratamentos, a dieta, a decepção com a atitude das pessoas em relação ao comportamento do filho, a falta de vida própria, e tudo o mais que quem tem uma criança especial já conhece tão bem, em maior ou menor grau.
Mas ela é uma mulher incrível, que nunca desiste, está sempre buscando. O livro tem um final feliz, com a grande melhora alcançada por Evan e a retomada da vida própria com um novo companheiro, ninguém menos que Jim Carey, num relacionamento que durou cinco anos.
Já passei o livro para Marcela ler também e estamos listando tudo que ela fez e achou que deu resultado, para podermos conversar com as neurologistas de Ana, e ver o que pode ser aplicado a ela. Pois, como bem sabemos, o que funciona para uma criança, pode não funcionar para outra. O que não podemos é desistir.
O livro tem passagens lindas, como quando lhe perguntam se o seu filho é afetivo, se demonstra amor e antes de responder ela fica pensando que gostaria de falar que sim, que ele demonstrava amor todo o tempo, mas que ela não podia, pois ela não ganhava esse amor físico que a maioria das mães ganham. Mas ao mesmo tempo ela pensa que não precisa disso, por que amor é energia e ela sente isso. O amor de seu filho é mais forte do que palavras e ela seria capaz de ler sua mente e sentir uma ligação de amor que poderia ser sentida por todo o universo. E então ela responde: "Ele mostra amor? Ele é amor. E eu sinto isso a cada dia "
Lindo não? É o que eu sinto com o abraço da Ana. Algumas vezes na escola, as pessoas a vêm abraçando a Silvia e me perguntam: Ela estava viajando, não via a irmã há muito tempo? Eu respondo que não e penso: O abraço dela é assim, a gente sente todo o amor do Universo.


Louder Than Words: A Mother's Journey in Healing Autism
Dutton, 2007


Neste mês em que estive meio “sumida”, uma notícia me entristeceu muito.


O Dr. David Servan-Schreiber, que escreveu o livro “ Anticâncer – Prevenir e vencer usando nossas defesas naturais”, morreu.

Ele viveu (isso mesmo, o termo é viveu ao invés de sobreviveu) 19 anos após um diagnóstico de tumor cerebral que lhe dava, no máximo, 6 meses de vida.

Ele dedicou todos esses anos a pesquisar o que poderia ser feito, ao lado das terapias tradicionais, para tentar vencer o câncer. Uma luta diária contra um inimigo invisível e traiçoeiro...

Conseguiu muito. Seu livro, para mim, é leitura obrigatória para todos. Nos tira da acomodação, de colocar nossa saúde nas mãos de médicos e do destino e nos mostra que não é só isso. Nós também temos muito a fazer.

Dizem que, antes de morrer, todo homem tem que ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore

Sei que ele teve um filho e escreveu livros. Não sei se chegou a plantar uma árvore.

Mas seu livro, já deu, dá e dará tantos frutos, que equivale a ter plantado um  pomar gigante.

Sinto como se tivesse perdido um amigo próximo, a quem consultava todos os dias.

No último parágrafo de seu livro, ele escreveu:


            “Mas existe uma outra reação típica ao relato de meu caso, que corre o risco de surgir – uma reação que atenta mais contra a vida. Alguns dirão talvez:”Antes de seguir os conselhos dele, espere para ver se ele ainda estará vivo no ano que vem...” É uma maneira de preferir que ninguém escape à norma, para não ter que reconsiderar os próprios esquemas de pensamento. A esses, eu responderia que não sei se estarei aqui dentro de uma ano, ou de dois, ou de sessenta. Eles têm razão, eu não sou invulnerável. Mas estou certo de que jamais lamentarei ter vivido como vivo hoje, porque a saúde e o ganho de consciência que essa mutação íntima fez entrar em minha vida dão a ela,  na minha opinião, um valor muito maior. Só tenho um anseio em relação a cada um de vocês ao terminar este livro. Quer estejam doentes ou bem de saúde, espero que também escolham se abrir plenamente a essa consciência – ela é seu direito de nascença – e que a vida de vocês se banhe, por muito tempo, na sua luz.


Que pena, queria que tivessem sido sessenta. Tenho certeza que muitas pessoas ainda vão se beneficiar de tudo que ensinou.





Já que temos que começar a desintoxicação pela nossa casa, nada melhor do que ler este livro, CEM ANOS DE MENTIRA - Como proteger-se dos produtos químicos que estão destruindo a sua saúde -do jornalista investigativo Randall Fitzgerald.


Não é um livro que pretenda deixá-lo imobilizado ou desesperado pelo conhecimento do meio em que estamos vivendo, mas é um livro que pretende oferecer "alternativas, testadas e aprovadas, de alimentos e remédios a serem consumidos em lugar dos produtos químicos sintéticos disponíveis".
Segundo o autor,
 "A exposição a umas poucas substâncias tóxicas, ou a uma vasta gama de moléculas de uma variedade de substâncias sintéticas, pode não desencadear doenças ou fazer-lhe nenhum mal. Porém, a possibilidade de isso acontecer existe. A ciência médica simplesmente não pode prever que pessoas são sensíveis a quais substâncias químicas, em quais dosagens, com qual potencial para desenvolver uma dependência ou quais efeitos sinérgicos podem criar condições tóxicas no corpo humano. A incerteza quanto aos fatores de risco a que estamos expostos no curso de nossas vidas constitui uma forma de roleta-russa biológica que jogamos com nossos próprios organismos, todos os dias, baseados em nossas escolhas alimentares, medicinais e ambientais.
Não podemos esperar eliminar completamente todos esses fatores de risco, ao menos não durante o tempo que temos de vida. As toxinas químicas não respeitam fronteiras ou quaisquer outros limites e nos invadem incessantemente, à medida que respiramos, comemos ou bebemos. Nossa única esperança razoável é aprender como minimizar os riscos e controlar a exposição às toxinas sintéticas, de modo a aumentar as chances de viver vidas saudáveis".
Foi com este livro que tomei conhecimento do INSTITUTO DE SAÚDE HIPÓCRATES, na Flórida. Ele segue um programa idealizado e desenvolvido para desintoxicar o corpo e restabelecer o sistema imunológico.
"Nas últimas décadas, o Hipócrates e seus métodos de trabalho atraíram uma clientela célebre, que inclui o ator Paul Newman, a ativista pelos direitos civis Coretta Scott King, o comediante Dick Gregory e os músicos Kenny Loggins e Mick Fleetwood. As pessoas devem chegar lá preparadas para exercitar sua autodisciplina, pois o regime é rigoroso. Nada além de vegetais crus e sucos são permitidos na dieta. Nenhuma substância química de qualquer espécie é admitida pelas premissas do Hipócrates; isso significa abandonar os desodorantes, fixadores de cabelo, protetores solares e cosméticos.
Trata-se de uma estratégia de desintoxicação criada para suspender a carga de substâncias químicas sintéticas presente na alimentação, nos remédios e nos produtos de higiene pessoal que é imposta aos nossos sistemas imunológicos".
...
Pessoas chegam de todas as partes do mundo, com sérios problemas de saúde, para experimentar um sistema estruturalmente apoiado pelo consumo de 'alimentos vivos e puros' para tratar de males e doenças considerados 'incuráveis' pela medicina alopática ocidental. 'Você foi roubado economicamente, mentiram para você e, então, você veio parar aqui', diz aos recém-chegados o Dr. Brian Clement, co-diretor do Hipócrates.

'Você vem parar aqui porque foi iluminado ou porque está apavorado'

Espero que sejamos todos iluminados. Não para, necessariamente, ir ao Hipócrates, mas para seguir os caminhos possíveis de desintoxicação.


Já falei aqui sobre a desintoxicação de metais pesados que Ana está fazendo na Cliteq, com o Orestes.
Como hoje em dia fica praticamente impossível fazermos tudo que gostaríamos para ajudar nossos filhos, seja por falta de tempo, ou por falta de dinheiro, uma ótima opção  de desintoxicação é nosso velho conhecido escalda pés.
Cada pessoa dá uma receita diferente para fazê-lo, mas até agora, acho que a do livro
Alimentação desintoxicante PARA ATIVAR O SISTEMA IMUNOLÓGICO  de Conceição Trucom, é a melhor.
Ela usa o sulfato de magnésio, que para quem não conhece é o antigo "sal amargo", tão usado por nossas avós. O escalda pés com sal não pode ser feito todos os dias. Segundo o Orestes, 1 vez por semana é uma boa frequência. Em seu livro, Conceição nos dá a seguinte receita:
"use uma bacia, balde ou similar ( de preferência não de plástico), grande o suficiente para conter os pés de modo confortável; encha o recipiente com água quente ( sem exceder os 40ºC) na quantidade certa para cobrir por completo os tornozelos e dissolva de três a cinco colheres (sopa) de sulfato de magnésio;sente confortavelmente, usando roupas folgadas e joelhos cobertos; mergulhe aos poucos os pés na água e cubra as pernas com uma toalha; coloque um agasalho ou manta nas costas; ao final, enxague os pés com água fria e pura, para interromper o processo de corrosão das toxinas; seque bem os pés, calce meias e vá direto para a cama, cobrindo-se adequadamente."
Além dessa receita, o livro tem muita informação sobre como podemos melhorar nosso sistema imunológico, com ações fáceis e adaptáveis a nosso dia a dia.
Acho que esse livro é uma das leituras obrigatórias para quem, como nós, tem que estar tentando fortalecer cada vez mais o sistema imunológico dos filhos. E, é lógico, o nosso também!
Tudo para quem quer entender o autismo e conhecer o que tem dado certo.
Escrito por Jenny McCarthy e pelo Dr. Jerry Kartzinel, que trabalha com autistas há mais de 10 anos.
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Imperdível. Nos ensina como nutrir nosso organismo e recuperar nossa saúde com a alimentação mais natural possível.
Se pelo menos tomarmos o leite da vida, que recomenda, uma vez por dia...




Nesse meio tempo, mais uma vez, a palavra MILAGRE me veio à cabeça. Dora me deu um livro fantástico, que recomendo para todos: “Lugar de Médico é na Cozinha”, do Dr. Alberto Peribanez Gonzalez.  Nele o Dr. Alberto cita o “Evangelho Essênio da Paz” e escreve:
“Jesus...deu instruções belíssimas de como limpar o corpo para curar-se de doenças por intermédio dos batismos da água, do ar, da luz solar e da terra.” ...“Jesus realizava a maior parte das curas explicando como se alimentar devidamente:”
Lógico que fui direto comprar o livro, que também recomendo para todos. O livro é uma tradução dos pergaminhos apócrifos encontrados em pesquisas arqueológicas, que estavam nos arquivos secretos do Vaticano. Só tive tempo de ler a primeira parte, páginas 19 a 49, mas já valeu o livro. Jesus fala do respeito à nossa mãe, que é a mãe terrena e de seus “anjos”: o anjo da terra, o anjo da água, o anjo do ar e o anjo do sol. Mais uma vez pensamos: MILAGRE é o que a ciência ainda não explicou.