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A história da Ana e do Santa

A HISTÓRIA DE ANA E DO SANTA
Aninha nasceu em 2001, de parto cesáreo.
Eu já tinha uma outra menina, Silvia, de 3 anos.  Seu Apgar foi 9 e 10 e parecia que estava tudo normal, à exceção das freqüentes otites. Ela só andou com 1 ano e 5 meses, mas todo mundo falava –“não se preocupe, isso é normal”. Começou a falar algumas palavras, mas logo parou. Foi aí que começou a minha romaria:
Com 1 ano e 2 meses, eu estava com Silvinha no aniversário de um colega dela, quando a babá ligou falando que Aninha estava morrendo. Quando chegamos em casa ela estava ótima, e a babá não soube explicar o que tinha acontecido, só que “parecia que ela ia morrer”.
Mais ou menos  5 meses depois, ela estava na cama e ficou parada, “parecendo que ia morrer”. Aí que fui entender o que a babá tinha falado. Ela voltou ao normal em segundos, que pareceram horas. Corremos com ela para o hospital e os médicos não souberam explicar o que havia ocorrido. A pediatra a encaminhou para um neurologista, que pediu um EEG, que segundo ele não apresentou nenhuma alteração significativa. No ano seguinte ela tinha entrado na escola, e lá me chamaram para falar que tinha alguma coisa diferente com a Ana, pois não gostava que ninguém se aproximasse dela. Ela fez testes em psicólogas, otorrinos e terapeutas ocupacionais,   mas ninguém sabia o que ela tinha. A terapeuta ocupacional falou que só tinha notado uma grande defensibilidade tátil nela e, lógico a falta da fala. Nessa época, sua pediatra me pediu que a levasse em outro otorrino, porque já tinha tido problemas com o que eu havia escolhido. Uma amiga me indicou o Dr. Alexandre Rattes e com o aval da pediatra, lá fui eu. Ele examinou o ouvido dela e sem olhar nenhum exame descreveu o comportamento de Ana: sua filha não suporta o toque de outras pessoas, se irrita facilmente, e sei lá mais o que. Era exatamente o que acontecia! Depois de olhar os exames, que os outros já tinham olhado, falou que ela tinha otite serosa gravíssima e que tinha que ser operada. Achei a melhor coisa do mundo! Pronto, o problema estava resolvido!  Perguntei para vários profissionais  se aquilo explicava o quadro, e falaram que aparentemente, sim. Aninha operou os dois ouvidos, e logo virou um anjinho. Só que durou pouco. Um dia estava com ela no colo, numa casa que temos perto de Ouro Preto, e ela, novamente “parecia que ia morrer”. Começamos tudo de novo: médicos, geneticistas, exames. Dessa vez acharam alterações no seu EEG, que causavam o efeito “parecia que ia morrer”, que na verdade eram ausências. Foi medicada com Depakene, mas continuava sem um diagnóstico que explicasse seu quadro.
A geneticista, depois de vários exames, me falou para rezar para algum médico descobrir o que Ana tinha, porque ela não sabia o que era, mas que tinha algo errado,  tinha.
 Até que resolvi ir a um médico mais antigo, Dr. César Marcondes. Ele também, sem olhar a pilha de exames que levei, só observando Aninha, falou: Ninguém falou o que sua filha tem? E eu: nãaaaaaaaaao. E ele: É muito fácil, ela tem autismo leve. Você tem sorte porque ela tem a inteligência preservada. O que você tem a fazer é estimulá-la para ver até onde ela consegue se desenvolver. Hoje é o famoso Transtorno Invasivo de Desenvolvimento. Ele tem vários graus, e o da sua filha é bem leve. Como você trabalha no Estado, vou te dar um laudo e você terá redução de 50% da sua carga horária de trabalho, pois é um direito que a lei te dá, para que possa cuidar de sua filha.
 Até essa época eu ficava como uma doida, trabalhando e correndo para médicos o dia inteiro. Apesar da gravidade do quadro, saí de lá feliz, eu tinha um diagnóstico! Tinha um ponto de partida! Me dei um tempo sem procurar novas soluções. E Dr. César chegou a tirar o remédio de Ana, porque um novo EEG não mostrou mais alterações. Mas ela continuava sem falar...
Lóooooooooogico que além de ir em todos médicos que me indicavam, fui também em vários centros espíritas. Fiz novos exames, troquei remédios, tratei com homeopatia, terapia de freqüência, TUDO!
Nessa época eu já ouvia falar sobre a dieta SGSC. Mas consultava os médicos e, nenhum acreditava. Até que um dia, o Dr. Alexandre Rattes, me falou: Cristina, se você acredita, porque não tenta?
AÍ comecei a pesquisar, mas meio sem muita convicção. Um dia, Alexandre me ligou à noite e disse: ligue a TV no programa da Oprah, vai te interessar muito!
Dito e feito, era uma entrevista com a Jenny McCarthy, mãe de um menino autista que resolveu levar a sério a dieta SGSC. E ela falava da diferença que fez.

Um detalhe aqui, gente: É incrível como Ana atrai gente especial para o lado dela, e Alexandre é uma delas. Nunca vou me esquecer do carinho que ele sempre teve com ela. Basta ver esse dia, que ele estava em casa, à noite, quando viu a entrevista na Oprah e na mesma hora ligou para sua secretária, para achar meu telefone e me ligar. Como diz meu sogro, "quem beija meus filhos, adoça minha boca".
Continuando, fiquei super animada, mas era uma época em que estava tentando acertar a dosagem dos remédios de Aninha. Ela continuava tendo ausências, e eu vivia tentando arrumar remédios que resolvessem o problema, com menos efeitos colaterais. Nisso o tempo foi passando...
No ano passado Marcela começou a trabalhar com Aninha, mas logo foi para os EUA terminar um curso.
Ao mesmo tempo encontrei uma amiga que me falou para levar Aninha numa médica chinesa, que também é bióloga molecular, que havia curado sua filha que estava com câncer. Disse que ninguém acreditava, mas que uma amiga dela insistiu muito e a convenceu a levar sua menina lá. O tratamento foi feito à base de ervas desintoxicantes, remédios homeopáticos canadenses e um outro tratamento, chamado BIOSET, à base de enzimas e energia eletro magnética. Foi assim que  resolvi procurar a médica, Dr. Chen.
Só que tem um detalhe: ela mora nos EUA. Imaginem a cara das pessoas quando falei que ia levar Aninha numa médica chinesa, especialista em ervas e acupuntura!
Mas o bom é que eu fui e lá tomei conhecimento de vários tipos de tratamento que estão sendo feitos com base em alimentação e me animei muito. O próprio BIOSET, utilizado pela Dr. Chen, parte da premissa de que “somos o que digerimos”. Ele é um sistema de eliminação de alergias baseado na cinesiologia, acupuntura, homeopatia e medicina bioenergética. Foi desenvolvido pela Dr. Ellen Cutler. Enquanto Ana fazia o tratamento com Dr. Chen, li o livro Micro Miracles escrito pela Dr. Ellen, e fiquei impressionada com a quantidade de casos de melhora ocorridos com desintoxicação e alimentação adequada. A palavra MILAGRE, apareceu aí pela primeira vez.
Com a Marcela foi a mesma coisa, por outros caminhos ela chegou também na dieta SGSC e com a melhora que vimos na Aninha, resolvemos levá-la realmente a sério.
Como o “espectro” autista, ou de Transtorno Invasivo de Desenvolvimento, é muito amplo, porque não acreditar que nesse meio existem crianças que realmente se intoxicam com certos alimentos?
Nesse meio tempo, mais uma vez, a palavra MILAGRE me veio à cabeça. Dora me deu um livro fantástico, que recomendo para todos: “Lugar de Médico é na Cozinha”, do Dr. Alberto Peribanez Gonzalez.  Nele o Dr. Alberto cita o “Evangelho Essênio da Paz” e escreve:
“Jesus...deu instruções belíssimas de como limpar o corpo para curar-se de doenças por intermédio dos batismos da água, do ar, da luz solar e da terra.” ...“Jesus realizava a maior parte das curas explicando como se alimentar devidamente:”
Lógico que fui direto comprar o livro, que também recomendo para todos. O livro é uma tradução dos pergaminhos apócrifos encontrados em pesquisas arqueológicas, que estavam nos arquivos secretos do Vaticano. Só tive tempo de ler a primeira parte, páginas 19 a 49, mas já valeu o livro. Jesus fala do respeito à nossa mãe, que é a mãe terrena e de seus “anjos”: o anjo da terra, o anjo da água, o anjo do ar e o anjo do sol. Mais uma vez pensamos: MILAGRE é o que a ciência ainda não explicou.
Teve também outro livro, ANTICANCER, que mostra a cura de um médico, que sem desprezar a medicina, procurou a cura na alimentação. E conseguiu.
Começamos a pensar seriamente na dieta SGSC,e nas mães que ficam desesperadas querendo saber de alguma coisa que possam fazer para ajudar seus filhos. Nos colocamos no lugar delas e aí veio a pergunta: a medicina não está dando conta de nossos filhos, será que além de trabalhar, cuidar da casa, correr atrás de tratamentos, nós conseguiremos alguma melhora para eles com uma dieta?  E como vamos conseguir seguir essa dieta? Dizem que Santo de Casa não faz Milagres...
E como um milagre, veio a resposta:
Santo de Casa não Faz Milagre, mas quem disse que Santa não faz?

8 comentários:

  1. Tenho o prazer e a honra de trabalhar ao lado da Cristina, mãe da Aninha, há exatos 11 anos e 2 meses. Nunca conheci pessoa mais positiva que ela. Persistência, otimismo e companheirismo são algumas de suas principais qualidades. Está sempre disposta a ajudar quem está proximo. Sempre tem uma palavra de conforto e carinho aos amigos. Com certeza, principalmente no que depender da Cristina e da sua Fé, a Aninha continuará melhorando a cada dia.
    Parabéns!
    Um grande abraço,
    Flávio Andrade

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  2. estou desesperada pois nao sei onde começar,obrigado pelo depoimento

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  3. parabéns
    seus depoimentos face a experiência são mais importantes que qualquer diagnóstico profissional, além de serem a alavanca motivacional e o gps de que muita gente necessita.você é abençoada além de ser tutora de um filho de Deus e estar correpondendo as expectativas.
    bjus

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  4. Cristina, parabéns pela importante iniciativa de escrever-nos neste espaço! Certamente ele é de grande valia pra muitas pessoas, inclusive pra mim que estou imensamente grata por ter a oportuidade de acompanhar alguns momentos de Aninha!

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  5. Cristina,
    muito obrigada pela sua iniciativa de compartilhar a sua vida, sua luta com a Aninha.Com certeza vc conseguiu ajudar não só a sua filha mais muitas pessoas que aqui neste espaço pode encontrar um novo sentido......obrigada mais uma vez.

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  6. QUERIDA CRISTINA,
    SEU AMOR, SUA PERSEVERANCA, SUA FORCA, ME INSPIRARAM MUITAS VEZES, E CONTINUARAO, PELO RESTO DE MINHA VIDA.
    CONTINUE SEU TGRAJETO, SUA CURA E A CURA DE CENTENAS DE PESSOAS, E A LUZ QUE VOCE TEM TRAZIDO A CADA UMA DELAS, E A LUZ QUE LHE GUIARA ATE A SUA ILUMINACAO.
    CONTE SEMPRE CONOSCO.
    TEMOS MUITAS SAUDADES DE VOCE E DA ANINHA!
    VANESSA E PABLO
    SAGRADO

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Parabéns pelas informações compartilhadas! Tenho um filho de 2 anos e 4 meses e ele é diagnosticado dentro do TEA. A gente vive buscando informações e relatos como os seus são de extrema importância. Ele faz fonoterapia e começará em breve sessão com psicopedagoga. Escrevo aqui para falar sobre a dieta sem glúten e sem caseína. Recentemente, retiramos totalmente o glúten de sua dieta e a melhora foi significativa, com resultados notórios em pouco mais de uma semana. A atenção dele foi otimizada e percebida por aqueles que com ele convive. Os gofos antesbem frequentes, extinguiram-se completamente A fonoaudióloga ficou impressionada como ele ficou atencioso e realiza as atividades que lhes são propostas. A fala ainda estamos esperando. A caseína , após um mês e meio da retirada do glúten, apenas reduzimos da dieta dele e, por enquanto, não vimos resultados tangíveis. Por engano, demos a ele um achocolatado com glúten e voltou a apresentar gofos e uma leve diarreia. Enfim, no que tange à retirada da caseína, estamos ainda no processo de análise.

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