O que é o Autismo?
Se procurarmos na Internet, vamos achar:
· O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas.pt.wikipedia.org/wiki/Autismo
· Deficiência do desenvolvimento (mais especificamente um transtorno invasivo do desenvolvimento) que compromete as interações sociais, comunicação e a variedade comportamental do portadorpt.wiktionary.org/wiki/Autismo
· autista - pessoa que sofre de doença mental que dificulta o convívio em sociedade e a aceitação de regras sociaispt.wiktionary.org/wiki/autista
· distúrbio de ordem neurológica que afeta o indivíduo em vários aspectos e principalmente a comunicação. Em muitos casos apresenta retardo mental e epilepsia associada. Possui vários espectros (variantes) e sua causa ainda é desconhecida. Veja mais no link definição.www.autistas.org/glossario.html
· Desapego quase total da realidade, porque o sujeito refugia-se no seu eu profundo e recusa todo contacto com as coisas e os seres exteriores a ele mesmo.www.animacorpus.net/glossario/
· Estado mental caracterizado pela tendência a alhear-se do mundo exterior e concentrar-se no espírito. A nível médico as causas desta doença são desconhecidas, apesar das investigações e estudos feitos. ...limitesdoserhumano.freehostia.com/dicionario/dicionario.htm
· Distúrbio emocional da criança caracterizada por incomunicabilidade. A criança fecha-se sobre si mesma e desliga-se do real impedindo de relacionar-se normalmente com as pessoas. Num diagnóstico incorreto pode ser confundido com retardo mental, surdo-mudez, afasia e outras síndromes.educacaodialogica.blogspot.com/2009/09/termos-e-significados-usados-na.html
Vamos também achar vários tipos de tabelas que servirão para avaliar se nossos filhos são ou não são autistas, tipo, se preencher tantos itens, é, se não, não é.
Mas querem saber? Ninguém sabe na realidade o que é o autismo. Hoje estão dentro do espectro autista crianças com Síndrome de Rett, de Angelman, de Prader-willi e até, como descoberto há pouco no Canadá, com doença celíaca. Todos são autistas? Dizem que sim. Mas todos são completamente diferentes, com prognósticos também completamente diferentes!
Isso me lembra uma mudança de casa. Numa caixa colocamos o que sabemos, com certeza, que vai para a cozinha, noutra, o que vai para o quarto do casal, noutra, para o escritório, e assim por diante. Aí fica aquele tanto de coisa, que a gente ainda não sabe onde vai ficar. É a caixa da miscelânea. Na hora que a gente precisar, vai se lembrar: “naquela caixa eu tenho isso.”
Essa é a caixa do autismo, ela ainda precisa ser organizada, ser refinada.
Vocês acham que isso vai acontecer agora?
Talvez. Porque essa caixa está ficando super lotada. Já não está dando para ignorá-la. Mas, será que a solução é financeiramente atrativa? Tenho minhas dúvidas.
O que sei é que não dá para ficar esperando. Se estamos vendo tantos casos de melhora, e até de cura, porque não tentar também?
Alguns vão falar:” Mas esse caso não era de autismo!”
Isso não existe! Se não era, porque estava na ‘nossa’ caixa? É fácil falar depois, mas antes, quem falava que não era?
É difícil tentar coisas novas? É.
Dá vontade de fazer só o que vários médicos falam, que é estimular e ver o que vai acontecer? Dá.
Afinal, ninguém melhor do que nós para saber quantas vezes acreditamos que tínhamos resolvido o problema de nossos filhos, e levamos novas bombas.
Mas algumas mães resolveram não confiar somente na medicina e resolveram correr atrás.
E, acreditem, muitas conseguiram resultados incríveis.
Se vocês já tentaram todos os exames, não acharam nada, e continuam com seus meninos no “espectro autista”, ou no “espectro do transtorno invasivo de desenvolvimento”, que tal correr atrás?
Não vamos estudar medicina, química ou nutrição. Não vamos concorrer nem querer saber mais do que ninguém.
Vamos simplesmente fazer o que está ao nosso alcance.
E o que já deu resultado com algumas crianças e está ao nosso alcance?
A alimentação. Todo mundo que mudar a alimentação vai sair do “espectro”?
Lógico que não. Mas com certeza, alguns vão. E outros vão ter melhoras, vão diminuir as estereotipias, vão ficar mais centrados.
E que alimentação é esta?
É comida mesmo, a mais natural possível. Nada de aditivos químicos, nada de conservantes, nada de realçadores de sabor.
E o mais importante, nessa alimentação existem 4 produtos absolutamente proibidos:
GLÚTEN;
CASEÍNA;
GLUTAMATO MONOSSÓDICO; E,
ASPARTAME.
É difícil? Nos dias de hoje, DIFICÍLIMO!
Se fosse há umas décadas atrás, seria FACÍLIMO, pois as pessoas tinham mais tempo, faziam a comida em casa, jantavam...
Quem sabe o aumento de casos de autismo não está ligado justamente ao consumo cada vez maior de comidas artificiais? Será que a genética consegue explicar um aumento tão grande de “espectros autistas”? Bem, essa questão não é nossa.
O que sei é que, para mim, vale a pena tentar.
Minha filha apareceu na minha vida de forma inesperada.
Depois, minha sensação foi de medo. Eu perguntava para meu ginecologista: Afrânio, você acha que eu posso ter outro filho? Eu vou ser capaz de gostar dele ou dela tanto quanto eu gosto da Silvia? E quando ela nasceu, me ensinou que o gostar não tem limite. Esse gostar me faz lembrar o tempo todo que essa menina linda, que às vezes faz birra, fica nervosa, tem algum comportamento inadequado, é a mesma que me ensinou tanto. Esse gostar me faz lembrar que, quando seus olhinhos cor de turmalina estão brilhando para mim, eles estão dizendo: “Mamãe, eu confio em você.”
Por isso, mais uma vez eu falo, para mim vale a pena tentar. Não só isso, mas tudo o mais que aparecer e não causar nenhum mal. Não é por obrigação de mãe, é por gratidão de mãe.
Adoro duas frases de Victor Hugo:
“Não há nada como um sonho para criar o futuro.”
“Nada há de mais poderoso do que uma idéia que chegou no tempo certo."
Tenho certeza que o tempo da Ana chegou. Com esse tipo de alimentação, ela já está tendo resultados visíveis. Ela vai sair do “espectro”? Não sei. Mas eu estou fazendo a minha parte. Hoje, o acupunturista dela perguntou:
“Ana, posso fazer mais alguns pontos?”
Ela virou para ele e falou, claramente: “Não quero.”
Ele olhou espantado para mim, e perguntou: “Você ouviu?”
Claro que sim. Como eu disse, o tempo dela chegou. E espero que junto com ela venha muita gente.
A ideia de usar uma dieta no tratamento de autistas é uma abordagem não convencional. Contudo, as dietas têm sido um método usado há vários anos para cuidar de vários problemas como epilepsia, hiperatividade, doença celíaca, câncer, autismo e muitas outras desabilidades e doenças. Muitas pesquisas mostram o benefício de uma intervenção com a dieta.
Nos anos 80 alguns pesquisadores começaram a notar que o comportamento de vários animais submetidos à influência de drogas opióides como morfina e heroína eram similares aos comportamentos de alguns autistas. Dr. Jaak Panksepp propôs que autistas poderiam ter, naturalmente, elevados níveis de componentes de drogas opióides no seu sistema nervoso. Logo depois o Dr. Christopher Gillberg encontrou provas da existência de elevados níveis de substâncias parecidas com endorfinas no fluído cerebrospinal de alguns autistas. Estes níveis são mais elevados em autistas que são mais insensíveis à dor e que demonstram um comportamento mais agressivo.
O Dr. Karl Reichelt achou peptídeos na urina de autistas e este descobrimento foi reproduzido por “Autism Research Unit at the University of Sunderland” pela direção de Paul Shattock que constatou que na urina de 50% das pessoas autistas encontra-se um nível elevado de substancias similares aos opióides peptídeos, o que foi confirmado por outros pesquisadores.
Está crescendo o número de pesquisas sobre este assunto e já se sabe que certos alimentos parecem afetar o desenvolvimento de algumas crianças e causar comportamentos autistas. Muitos pais perceberam a conexão entre autismo e a ingestão de certos tipos de alimentos comprovando que eles não digerem apropriadamente algumas proteínas. Várias pesquisas mostram que o autista tem um distúrbio imunológico que pode gerar problemas para digerir proteínas como caseína, glúten e alimentos fenólicos além de outros alimentos.
O que acontece:
Os pesquisadores acreditam que o nível dos componentes achados na origem central do sistema nervoso possam ser os resultados de uma incompleta digestão de alguns alimentos. A proteína, que é formada de uma longa cadeia de aminoácidos, normalmente é digerida pela enzima intestinal que quebra o vínculo que conecta o aminoácido. Enzimas são proteínas que também possuem uma longa cadeia de aminoácidos que se modificam em formas tridimensionais específicas, cada uma com uma atividade em que se encaixa a proteína que está alimentando. Se a enzima é alterada, isto alterará a sua função e a proteína não processará o alimento como deveria.
Quando isso acontece há uma digestão incompleta deixando aminoácidos que deveriam ser vinculados em cadeias chamadas peptídeos. Duas proteínas que se quebram em peptídeos e que produzem atividades opióides são: a caseína, que é a proteína encontrada no leite animal (proteína que produz um peptídeo chamado casomorfina); e o glúten que é a proteína encontrada no trigo, aveia, centeio e seus derivados (proteína que produz um peptídeo chamado gliadinomorfina). Se as enzimas que deveriam digerir o trigo e o leite não estão atuando apropriadamente isto pode gerar um funcionamento propício para a formação de opióides. Normalmente, quando isso acontece esses peptídeos são jogados na urina. Mas, se algum escapa e entra no sistema sangüíneo, eles podem atingir o cérebro - “blood-brain barrier” - causando sérios problemas neurológicos. Isso nos leva ao “Leaking Gut” conhecido como Intestino Poroso que faz com que o trato digestivo de vários autistas não absorva todos os nutrientes ou que os processem de maneiras diferentes. O intestino imperfeito deixa moléculas que deveriam ser contidas, serem descarregadas na corrente sangüínea. Esta pode ser a maneira que peptídeos impróprios passem para o sistema sangüíneo e atinjam o cérebro.
O teste tradicional de alergia não detecta este problema, talvez porque isso não seja uma alergia, mas intolerância a glúten, caseína e outros alimentos que possam sensibilizar o autista. O mais recomendado é o teste de IgG ou o exame de peptídeos opióides na urina. Muitos pais relatam que mesmo com resultado negativo, seus filhos foram colocados em dieta e alcançaram bons resultados.
No começo da dieta, ao se remover estas proteínas pode haver uma reação negativa, como a de um viciado saindo das drogas. Crianças mais novas, com menos de três anos, têm um beneficio dramático com esse tipo de intervenção, mas muitos adultos que adotam essa dieta também notaram melhoras na concentração e na comunicação.
Alguns autistas só comem alimentos que contém glútem e caseína (leite, macarrão, bolos, bolachas...). Como um drogado o autista é viciado nestas proteínas. Muitos pais contam que depois de algumas semanas na dieta o autista começa a sair deste “fogge stage” – estado de confusão – como se os seus sentidos estivessem emergindo e também passam a comer outros alimentos que não comiam antes. Podem comer farinhas que não contenham glúten como tapioca arroz, batata, carnes, mel, frutas, vegetais.
Como acompanhar a evolução do meu filho considerando as intervenções realizadas?
O ARI disponibiliza o Formulário para Avaliação de Tratamentos do Autismo (Autism Treatment Evaluation Chechlist: ATEC), que deve ser preenchido a cada início de novo ciclo de intervenção para a comparação dos resultados alcançados. O ATEC está disponível online em: http://www.surveygizmo.com/s3/1329619/Autism-Treatment-Evaluation-Checklist-revised
Fonte: http://autisters.blogspot.com
Adorei seu texto!... nao da pra cruzar o braco e deixar um diagnostico definir seu filho!... Meu filho eh autista. tem 5 anos... moro nos EUA. Ja tentei a dieta, e com ele nao funcionou muito... o que ajuda no caso dele, sao mesmo as terapias!!!
ResponderExcluirMeu nome eh Juliana Dutra. Meu email eh dutra_juliana@hotmail.com
Abracos.
Interessantíssimo! Nesta caixa cheia de miscelânias tem mesmo é muito amor e aprendizado!
ResponderExcluirMuito bom!!Léia (Bertioga-SP)
ResponderExcluirinformacao que pode salvar pais com o coracao apertado. obrigado
ResponderExcluirTenho um filho de 3 anos e 10 meses, ele está no espectro do autismo, o diagnóstico ainda não foi fechado. Descobri com 2 anos e 4 meses, depois de peregrinar por inúmeros médico pediatras, até a Dra. Rita Luscena dar o diagnóstico. Foi terrível, mais arregacei as mangas e comecei a travar uma luta incansável contra esta doença. Estou fazendo tratamento biomédico, fono, terapia, ginástica olímpica, e agora estou com um médico americano Dr. Neubrander, comecei a Metil B12 injetável. Entrem em contato comigo, vamos trocar informações, vamos nos dar as mãos, nos pais unidos, trocando informações, nos ajudando, somos MUITO MAIS, MUITO MAIS MESMO mais que esta DOENÇA...Abraços e força para todos. marciafrutuoso@yahoo.com.br
ResponderExcluirVou iniciar a "dieta" imediatamente com o meu filho, que tem 1 ano e 9 meses. Pedirei ajuda de nutricionistas. obrigada por divulgar. Te dou notícias. Sou Sandra, de Belo Horizonte, Minas Gerais. sandracarvalhomg@gmail.com
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