quarta-feira, 6 de julho de 2016

REAC (Radio Electric Asymmetric Conveyer)



Café com Conhecimento

Nessa rodada de Café com Conhecimento contamos com o Dr Fabrício Bossi falando sobre o REAC.



Dr Fabrício Bossi

Médico formado em 1993 na faculdade de medicina de Petrópolis. Endoscopista, gastroenterologista, Cirurgiao do aparelho digestivo e acupunturista. Todos pela Associação médica brasileira.
Formado em cursos em Ortomolecular, Biomolecular, e Homotoxicologia. 
Formado em Neuro pisco fisiopatologia adaptativa pelo Instituo Rinaldi Fontani com enfoque em otimização neuropostural, otimização Neuropsicofisica, otimização tecidual base e otimização metabólica.


Vamos iniciar contando sobre o estresse ambiental a que os animais se condicionam, que é um estresse permanente. Este condicionamento é feito apenas e tão somente por primatas sociais e o homem.
A evolução humana só foi capaz de acontecer graças ao estresse agudo, que provoca inflamação, e o corpo trata de desinflamar; a inflamação libera radicais livres e o corpo produz antioxidantes naturais. Assim foi se montando toda a complexidade de nosso corpo. Dependendo do nível de estresse a que o corpo é submetido, ele reage liberando noradrenalina, adrenalina e glicose, pois sob estresse o cérebro toma como única função a sobrevivência. São estressores ambientais: doenças virais, doenças bacterianas, traumas cirúrgicos ou psíquicos, poluição.
No estresse agudo, o cérebro deprime os sistemas digestivo, reprodutivo e imunológico, pois estes não são necessários para salvar uma vida em risco iminente. A noradrenalina é rapidamente liberada, na faixa de 15 segundos, estimulando a suprarrenal a estimular a liberação de adrenalina, fazendo a vasoconstrição do corpo. Também a suprarrenal, em sua ação, lota de glicose os músculos, para que haja uma explosão energética nestes músculos e assim chegando a um quadro de “luta e fuga”. Com este mecanismo, o estresse agudo pode durar de minutos a poucos dias. Após isto o corpo começa a se recuperar iniciando as quatro fases de recuperação, até que se chegue à exaustão.
O estresse contínuo, permanente, crônico é uma condição nova na escala evolutiva do homem, faz parte da vida moderna, e acontece graças a nosso desenvolvimento cognitivo. Somos o único animal verdadeiramente inteligente, os demais são condicionados. Nenhum outro animal consegue ver o amanhã, se prevenir quanto ao futuro e se condicionar nas adversidades.
No entanto, o cérebro pode não saber se adaptar ou consertar certos “problemas”, como por exemplo a Dismetria Funcional.
O que é DF? Sempre mudamos um grupo muscular quando efetuamos uma ação.  Por exemplo, você está deitado e se senta, e ao mudar de posição o cérebro coordena de forma diferente o lado esquerdo do lado direito. Todos somos dismétricos! E quem “entorta” o corpo é o cérebro.
Façamos uma correlação: A Simetria Flutuante é o maior marcador biológico do impacto do meio ambiente em plantas e insetos. Biólogos estudam isto há anos, e mostram que, apesar de todos os seres bipartidos na Terra não terem cérebro, mesmo assim, eles entortam por ação do meio ambiente.       
    A dismetria funcional pode ser equiparada à assimetria flutuante em seres bipartidos.
Podemos então imaginar o que acontece com um corpo complexo, que se adapta e se comunica com o meio ambiente através dos cinco sentidos.
Milhares de imagens passam por nos durante o dia, e várias delas são contrárias a nossa sobrevivência. Mas o cérebro vai se condicionando e as tornando “normais”. Ao se condicionar a este estresse, o cérebro começa a abortar vários alarmes que são despertados pelos cinco sentidos, e pode não reagir a certos estímulos negativos.
Estas mudanças de postura são causa de artrite, artrose, fascite plantar, doenças osteolocumotoras, escoliose.
E é aqui que atua o REAC. Portanto, TODOS os seres humanos têm indicação de se submeter à terapia REAC, a princípio o melhor tratamento preventivo, fisiológico.  Rápido e simples.
Isto porque quando se corrige a Dismetria Funcional melhora-se a oxigenação cerebral e todo o metabolismo cerebral, podendo inclusive se promover a diferenciação de células tronco, presentes em todo nosso organismo, porque o cérebro começa a “despertar” funções importantes que foram condicionadas a não serem usadas.
Exemplo:  nas doenças degenerativas, Parkinson, Alzheimer, Esclerose Múltipla e Esclerose Lateral Amiotrófica, o REAC desperta as áreas do cérebro que ainda não foram utilizadas e estão sadias, podendo-se melhorar a qualidade do cérebro e por conseguinte a qualidade de vida do paciente. Não se resolve com isto a doença degenerativa, mas melhora-se a qualidade de vida com a melhora da oxigenação cerebral, com a melhora da marcha do paciente. O que estiver relacionado à DF irá melhorar.
A terapia REAC não é uma questão de fé, e as famílias devem estar cientes de suas atuações, pois cada pessoa possui um grau de acometimento e severidade, e pode parecer que em algumas pessoas “não houve efeito”. Resultados bons não têm a ver com cura de sintomas, pois o sintoma pode ser apenas a ponta do iceberg do problema. O paciente não deve esperar a cura ou melhora imediata para sua doença. Independentemente da idade, severidade da doença e doença, pode-se fazer REAC.  Uns, mais sessões, outros, menos.
 Certamente os que dizem ver menos resultados devem ser os mais necessitados da terapia, pois o nível de “enclausuramento” cerebral é muito maior.

Quando você estimula esta “reorganização” do cérebro, o sintoma, como por exemplo uma dor, só vai melhorar quando o problema raiz for sanado. Lembrando que o cérebro funciona tendo como prioridade nossa sobrevivência, ele não dará atenção primordial à dor.
Os dois primeiros protocolos base servem a qualquer ser humano, até mesmo como prevenção de adoecimento.
Se o cérebro comanda o sistema endócrino, imunológico e neurovegetativo, e estes coordenam o corpo inteiro, e se o REAC melhora a oxigenação e metabolismo cerebral, estes sistemas irão, por conseguinte, melhorar.
Até que a medicina saiba controlar milhares de doenças de cunho epigenético, o melhor é prevenir.
Quanto às analogias que se fazem, a terapia REAC não se assemelha à acupuntura. A acupuntura leva a um estímulo neurovegetativo. No ponto de acupuntura na pele onde se agulha há um estímulo no córtex cerebral, mas este estímulo só vai até ali. Relaxa-se a musculatura, tira-se a dor e promove - se a desinflamação. Se o paciente passa por um trauma, uma perda, certamente a dor voltará, porque você na verdade apenas condicionou o cérebro.

Quanto a parecer choquinhos nos pontos auriculares, isto não acontece, ele não é estímulo, a técnica se baseia em não-estímulo.
Explico:  Tratamentos com onda magnética, elétrica ou de luz, produzem o efeito radiance, em que se passa um campo de leitura pelo nosso corpo que mostra como nosso cérebro está funcionando. Este efeito radiance é como um campo “holográfico de filmes de ficção”, que desvendam como o cérebro está comandando nosso corpo. Ele passa e se dissipa.
Luz é estímulo, excita, altera a função cerebral. Neurofeedback é estímulo.
Com a busca por um efeito radiance sem que houvesse estímulo, alteração cerebral, criou-se o REAC, que se baseia na emissão de um campo magnético que ao passar pelo corpo faz esta leitura e se dissipa. Quando este campo magnético interage com o campo magnético do corpo, ele gera uma onda radioelétrica, e este é o sinal usado. O rádio, que usamos a tempos, não é um estímulo, não muda a função cerebral.
A caneta do REAC atrai esta dissipação, manda para a máquina e a máquina manda de volta para o cérebro em 0,20 segundos. Assim o cérebro recebe esta informação “holográfica” de tudo que ele estava fazendo, e agora ele tem consciência de tudo, e começa a corrigir o que ele “não enxergava”, como a Dismetria Funcional.
Portanto, a única terapia que trata, cura a DF é o REAC, e pra isto sim, é apenas e tão somente uma aplicação, a primeira, e só ela já diminui o gasto de oxigênio e melhora o metabolismo pro resto da vida.  A estabilidade da primeira aplicação só seria perdida com um estresse muito grande, que resultaria em perda da vida da pessoa.
Já os demais estímulos, neuropsicofísicos, e este nome já sugere a melhora da cognição, devem ser mantidos, pois os estressores ambientais estarão sempre à nossa volta, e paulatinamente o cérebro vai guardando as informações dadas com esta “leitura holográfica”, e se regulando e promovendo mudanças, calmaria.



Dr. Fabrício voltou de uma nova temporada de estudos no Instituto Rinaldi, no dia 25/07. Perguntei sobre a existência de algum protocolo específico para autistas:

O REAC não deve ser indicado como método para tratar o autismo. 
Os protocolos NPO e NPPO devem e podem ser utilizados em qualquer ser humano. Os benefícios são enormes porque lidam com o aspecto adaptativo. Não existe nexo em se falar para famílias de autistas usarem a tecnologia Reac como forma de tratamento do autismo.Não existe resposta para isso porque não é esta a colocação.O que deve ser postulado é o grande auxilio que a otimização  Neuropsicofísica é capaz de prover no cérebro de qualquer pessoa, independente de raça, fator social, sexo e/ou doença. Não há contraindicação e nem efeitos colaterais.O médico que incorrer no propósito de tratar autismo com Reac estará diante de uma situação difícil por realmente não existir um aspecto específico e científico da tecnologia nesses pacientes.Mas, isso não quer dizer que não deva ser usado. Na minha opinião deverá ser usado sempre, mas principalmente na família inteira dos autistas.





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