sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Café com Conhecimento: A predileção de crianças autistas por carboidratos refinados e eletrônicos

Café com Conhecimento

O Dr. Jack Kruse faz uma análise sobre a predileção de crianças autistas por carboidratos refinados e eletrônicos: Não deixe de ler, você irá surpreender-se com as conclusões.


A análise do plasma de crianças autistas, através de radioisótopos, oferece pistas para entendermos a razão da predileção dessas crianças por carboidratos refinados e dispositivos que emitem luz azul (como TVs, tablets e celulares).

Por que isso é um relato comum nessas crianças?
Quando as mitocôndrias estão danificadas elas não podem utilizar a beta-oxidação para queimar gordura. Então o organismo tem que se apoiar pesado sobre o ciclo Krebs para produzir energia. Esta quantidade de energia não permite a função completa da célula. É por isso que as crianças no espectro tem predileção por carboidratos e amam os dispositivos luz azul. Os pais precisam atuar para não permitir que essas coisas aconteçam pois tende a aprofundar as dificuldades da criança.
Estas duas ações impactam o microbioma intestinal e demandam que o ciclo de Krebs funcione de maneira mais rápida. O problema é que quanto maior o tempo em que se permanece nesse ciclo, mais profundo são os defeitos mitocondriais
O glutamato é sempre elevado nessas crianças, porque o glutamato é parte do ciclo de Krebs quando ‘em funcionamento mais rápido’, dado que essas crianças não podem, por dificuldades mitocondriais, acessar a beta-oxidação de gorduras.

A prova: Estudos têm mostrado que o aumento da estimulação do consumo de oxigênio e N-acetilglutamato e síntese de ureia são acoplados a agmatina induzida por oxidação do “mitochondrial fatty acid”. Leia mais em: http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371%2Fjournal.pone.0158688.

IMPLICAÇÕES: Nesse contexto de dificuldade o glutamato vai subir no plasma sanguíneo, resultando em estereotipias, agitação, dificuldade de aprendizagem,...

Café com Conhecimento: Pode a genética influenciar a saúde de seu intestino?

Café com Conhecimento

Pode a genética influenciar a saúde de seu intestino?
Baseado em: http://bodyecology.com/articles/can-genetics-explain-an-unhealthy-gut

Pesquisas genéticas recentes revelam que nossa composição genética influencia a nossa saúde intestinal, tanto quanto a dieta e estilo de vida.
"portadores não-secretor do gene FUT2 são mais propensos a exibir sinais de doença de Crohn, doença celíaca, doença inflamatória do intestino e crescimento excessivo de Cândida."
Podemos influenciar a expressão do nosso DNA com escolhas saudáveis e de gestão de stress, no entanto, o nosso DNA é o modelo de nossa resposta aos estímulos do ambiente e desempenha um papel decisivo na saúde de nosso ecossistema.


O GENE FUT2 E O SEU ECOSSISTEMA
O gene FUT2 controla a quantidade de bifidobactérias que você carrega em seu aparelho digestivo (1).
As bifidobactérias são bactérias probióticas. Elas tem um efeito positivo no seu corpo e promovem o bem-estar. Como os bebês, a maioria de nós tem um ecossistema interior repleto de bifidobactérias, especialmente se que são amamentadas. Mas à medida que envelhecemos temos um importante declínio de bifidobactérias (2). Isto é impactante, uma vez que o intestino é reparado pela atuação de bifidobactérias e as mesmas nos protegem do supercrescimento de Cândida.
Estudos mostram que as bifidobactérias produzem gorduras especiais que alimentam as células intestinais. Essas gorduras, chamadas de ácidos graxos de cadeia curta, aliam-se ao sistema imunológico e ajudam a manter o corpo desinflamado (3).
Bifidobactérias fortalecem o seu sistema imunológico e atuam como protetores do intestino (4).


QUAL O PAPEL DO GENE FUT2?
Cerca de 20% das pessoas carregam uma variação do gene FUT2, tornando-os incapazes de abrigar de forma robusta as bifidobactérias no intestino. Isso pode deixá-lo vulnerável a doenças auto-imunes, doenças inflamatórias intestinais e infecção do trato urinário.
O gene FUT2 decide se o corpo irá 'divulgar ou não' as etiquetas do tipo sanguíneo em secreções corporais (como saliva, suco gástrico e leite) e na mucosa do intestino. Todo mundo tem um tipo de sangue (como tipo de sangue A, B, AB ou O). Mas nem todos nós comunicamos o nosso tipo de sangue na saliva e no muco que reveste o intestino.
Essas secreções (e se elas contêm ou não as marcas para o nosso tipo de sangue) influenciam o tipo de bactérias que crescem no intestino.
Aproximadamente 20% das pessoas transportam uma variação do gene FUT2 que não permite ao corpo revelar o seu tipo de sangue nas secreções e no revestimento do intestino (5). Estes 20%, chamados de não-secretores, não são capazes de abrigar uma comunidade robusta de bifidobactérias.
O gene FUT2 determina se somos vulneráveis a:
  • doenças auto-imunes, como a doença de Crohn (que afeta principalmente o intestino grosso), doença celíaca (que afeta o intestino delgado) e diabetes do tipo I (6) (7) (8)
  • doença inflamatória intestinal
  • infecções do trato urinário (9)
  • candidíase ou supercrescimento de Cândida (10) (11)
  • deficiência de vitamina B12 e algumas formas de anemia (12)

Referências:
  1. Wacklin, P., Mäkivuokko, H., Alakulppi, N., Nikkilä, J., Tenkanen, H., Räbinä, J., ... & Mättö, J. (2011). Secretor genotype (FUT2 gene) is strongly associated with the composition of Bifidobacteria in the human intestine. PLoS One, 6(5), e20113.
  2. Patel, P. J., Singh, S. K., Panaich, S., & Cardozo, L. (2014). The aging gut and the role of prebiotics, probiotics, and synbiotics: A review. Journal of Clinical Gerontology and Geriatrics, 5(1), 3-6.
  3. Goto, Y., & Ivanov, I. I. (2013). Intestinal epithelial cells as mediators of the commensal–host immune crosstalk. Immunology and cell biology, 91(3), 204-214.
  4. Fukuda, S., Toh, H., Hase, K., Oshima, K., Nakanishi, Y., Yoshimura, K., ... & Ohno, H. (2011). Bifidobacteria can protect from enteropathogenic infection through production of acetate. Nature, 469(7331), 543-547.
  5. Kelly, R. J., Rouquier, S., Giorgi, D., Lennon, G. G., & Lowe, J. B. (1995). Sequence and Expression of a Candidate for the Human Secretor Blood Group α (1, 2) Fucosyltransferase Gene (FUT2) HOMOZYGOSITY FOR AN ENZYME-INACTIVATING NONSENSE MUTATION COMMONLY CORRELATES WITH THE NON-SECRETOR PHENOTYPE. Journal of Biological Chemistry, 270(9), 4640-4649.
  6. McGovern, D. P., Jones, M. R., Taylor, K. D., Marciante, K., Yan, X., Dubinsky, M., ... & Rotter, J. I. (2010). Fucosyltransferase 2 (FUT2) non-secretor status is associated with Crohn's disease. Human molecular genetics, 19(17), 3468-3476.
  7. Parmar, A. S., Alakulppi, N., Paavola‐Sakki, P., Kurppa, K., Halme, L., Färkkilä, M., ... & Einarsdottir, E. (2012). Association study of FUT2 (rs601338) with celiac disease and inflammatory bowel disease in the Finnish population. Tissue antigens, 80(6), 488-493.
  8. Smyth, D. J., Cooper, J. D., Howson, J. M., Clarke, P., Downes, K., Mistry, T., ... & Todd, J. A. (2011). FUT2 nonsecretor status links type 1 diabetes susceptibility and resistance to infection. Diabetes, 60(11), 3081-3084.
  9. Sheinfeld, J., Schaeffer, A. J., Cordon-Cardo, C., Rogatko, A., & Fair, W. R. (1989). Association of the Lewis blood-group phenotype with recurrent urinary tract infections in women. New England Journal of Medicine, 320(12), 773-777.
  10. Hurd, E. A., & Domino, S. E. (2004). Increased susceptibility of secretor factor gene Fut2-null mice to experimental vaginal candidiasis. Infection and immunity, 72(7), 4279-4281.
  11. Rupp, C., Friedrich, K., Folseraas, T., Wannhoff, A., Bode, K. A., Weiss, K. H., ... & Gotthardt, D. N. (2014). Fut2 genotype is a risk factor for dominant stenosis and biliary candida infections in primary sclerosing cholangitis. Alimentary pharmacology & therapeutics, 39(8), 873-882.
  12. Tanaka, T., Scheet, P., Giusti, B., Bandinelli, S., Piras, M. G., Usala, G., ... & Ferrucci, L. (2009). Genome-wide association study of vitamin B6, vitamin B12, folate, and homocysteine blood concentrations. The American Journal of Human Genetics, 84(4), 477-482.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Café com Conhecimento: Célula tronco de gordura

Café com Conhecimento

Nessa rodada de Café com Conhecimento contamos com o Dr Sérgio, que nos traz informações sobre o procedimento de células tronco da GID, que é um sistema de coleta e concentração de células tronco de gordura, frescas (não congeladas, não multiplicadas e com manipulação menor que mínima).



Dr. Sérgio Vieira
  • Médico- Faculdade de Ciências Médicas MG, 1985;
  • Cirurgia Geral - Santa Casa de BH, 1988;
  • Cirurgia Craniofacial - Universidade de Pittsburgh, EUA, 1990;
  • Bolsista da Academia de Osseointegração Suíça, 1993 ;
  • Cirurgião Dentista - PUC Minas, 2000
  • Diretor Médico da GID Brasil, 2011.

Descreva sua técnica

O sistema GID de coleta de células-tronco faz o processamento da gordura com duas formas de separação das células. Uma é a centrifugação e esse, no caso do que utilizamos, é associada à digestão enzimática da gordura, o que nos proporciona, comparado com qualquer outro tipo de coleta de célula-tronco de gordura, performance de 40 a 60% superior em número e viabilidade das células. Esses dados constam em diversos trabalhos da literatura.
Com relação ao uso eu gostaria só de ressaltar que a técnica utilizada pela GID para a coleta de células é de manipulação menor que a mínima, segundo Anvisa.

Qual a diferença entre as diferentes técnicas de célula tronco?

As diferenças entre os diversos tipos de célula tronco: a célula tronco tem várias origens no organismo. Já foram identificadas as embrionárias, cordão umbilical, dentre outras. No sangue periférico a gente tem células, mas o número é muito baixo, o que faz com que o sangue da medula óssea seja uma fonte mais rica. A do cordão umbilical e a do dente de leite também tem as mesmas características.
As células são multipotentes ou pluripotentes. Uma coisa a ressaltar é que a gordura como fonte de célula-tronco é o tecido que mais tem célula-tronco. Para vocês terem uma ideia quando comparada à medula óssea ou ao sangue periférico, o sangue de cordão umbilical ou ao dente de leite, ela tem aproximadamente uma centena de vezes mais células do que as outras fontes, isso por cm³ de tecido processado.
A gordura é disparada a maior fonte de células-tronco do organismo.
Com relação a complicações dessas técnicas é aí que vão as maiores diferenças. A retirada da gordura é um procedimento invasivo, mas não é um procedimento complicado. É uma lipoaspiração basicamente. Já a retirada na medula óssea você faz uma punção na crista ilíaca ou em outro osso longo e dali você extrai a medula óssea. A medula óssea tem aproximadamente 5.000 células-tronco por cm³. A gordura tem aproximadamente 900.000 células-tronco/cm³. O cordão umbilical, o uso dele é passível de ser feito, mas contem uma  pequena quantidade de células tronco, apesar de todos os esforços necessários para a manutenção desse tecido. Quando do uso, essas técnicas demandam multiplicações celulares e essas multiplicações é que são o nosso tendão de Aquiles.
As multiplicações celulares envolvem manipulação das células e a adição nessas células de produtos que nem sempre são inócuos no organismo. Da mesma forma que o cordão umbilical, a medula óssea e a polpa do dente, tem que ser multiplicadas. Se vocês considerarem que o indivíduo adulto tem de 15 a 50% do seu peso em gordura, vocês imaginam o quão mais abundante é o tecido adiposo com relação aos outros. Então, uma das diferenças é essa.

Existe risco de câncer?

Evidentemente quanto menor a manipulação, mais seguro é o tecido a ser utilizado. Evidentemente também quando você faz essa manipulação das células, quanto mais vezes você duplicar o número de células, aumenta exponencialmente o risco de câncer ou de alterações tumorais ou de núcleo da célula. Apesar dos cuidados, qualquer proliferação que você faz nas células, você pode promover alteração do núcleo e aumenta o risco. A segurança do congelamento, da multiplicação e da retornada do tecido à temperatura corporal podem ser danosos ao núcleo e à própria célula. A viabilidade das células com o congelamento pode diminuir, apesar das novas técnicas de congelamento, os mecanismos anti-congelamento das células promovem uma segurança maior, no entanto, você mistura até soro bovino para conservar essas células, em alguns casos. Uma coisa diferente da célula-tronco fresca da gordura é que você injeta junto com ela dezenas de partículas proteicas e hormônios de cicatrização que são injetados conjuntamente com essas células frescas, o que não acontece em nenhum dos outros mecanismos, nenhuma das outras técnicas tem essa propriedade.

Pode haver correlação entre idade e o transplante de células ter sucesso? Tenho visto crianças mais velhas se beneficiarem mais.

Pelos poucos dados com relação à correlação entre respeito da idade e ao transplante de células. Já podemos quase afirmar com certeza que o número de células não correspondeu diretamente à eficiência do tratamento. Ou seja, nós tivemos paciente com poucas células transfundidas e muito resultado, como tivemos paciente com muitas células com um resultado um pouco inferior. Nós ainda não encontramos a relação ideal entre o número de células e os resultados dos pacientes.

Qual a dificuldade de liberação e mais estudos no Brasil sobre SC para autismo?

A dificuldade para liberar estudos no Brasil está relacionada à atividade do CONEP – Comitê Nacional de Ética em Pesquisa. A gente tem uma dificuldade tremenda em cumprir todos os pré-requisitos, mesmo se tratando de células do próprio indivíduo. A gente pede 10 pacientes, eles deixam 4 e a gente tem que ficar 2 anos esperando os resultados desses primeiros. A gente pede mais 20, eles deixam 8 e a gente tem que ficar mais 2 anos. Então, as coisas são arrastadas por causa das regras do CONEP. Eles têm razão em fazer isso, eu acredito, em função de algumas drogas que estão sendo colocadas no mercado hoje em dia que tem que ter esse acompanhamento mais próximo. Nós vimos recentemente a pílula anticâncer que deu aquela confusão. Se a gente for olhar a célula do próprio indivíduo, célula fresca, ela por lei é considerada um enxerto. Só que nós estamos utilizando a célula como tratamento celular. Esse conjunto, essa bateria, esse grupo de células mais o grupo de hormônios é um tratamento celular. Os resultados para o TEA que a gente tem observado estão sendo alcançados muito mais cedo do que seria passível de ser resultado da injeção da célula. Eu acredito que o hormônio que faz imunomodulação e modelação da reação inflamatória, esses hormônios tem um papel importantíssimo nos resultados que foram observados em pacientes com Transtorno do Espectro Autista.

Quais as formas de extração de células tronco utilizadas pelos médicos que estão fazendo esse procedimento no Brasil? Dente? Gordura? Qual a melhor?

Com relação às formas de extração das células tronco, eu diria que as melhores fontes estão na gordura e na medula óssea ou cordão umbilical. Por que isso? Porque o cordão umbilical você tem um banco de cordões que tem milhões ou milhares de cordões congelados. Quando você precisa de células para um indivíduo não necessariamente será o dele, ele pode ser mesclado com vários e isso proporciona um aumento no número de células, mas, ainda assim, células congeladas e nem sempre com a viabilidade necessária a um tratamento. A gordura, não é porque eu represento a gordura, mas de todos os trabalhos que já vi no mundo, a gordura se mostra mais inteligente.
Em termos de eficiência não posso dizer porque nós ainda não temos um trabalho formal, porém a forma de obtenção e o número de células junto com a quantidade de hormônios que é injetada junto dessas células, em PH e osmolaridade iguais a do plasma, com temperatura do corpo, isso tudo garante que nós estamos injetando um tecido saudável e vivo. Isso é importantíssimo. A gente não pode garantir o tratamento, mas a gente pode dizer que melhora a excelência da proposta de tratamento. Como ele é feito. A gente faz uma lipoaspiração no paciente tirando o máximo de gordura possível para uso naquele procedimento; esse tecido é processado em circuito fechado, ou seja, não há manipulação do tecido fora do frasco. Ele é lavado retirando o óleo sobrenadante, retirando os restos de tecido, como restos de sangue e outras células que poderiam alterar o PH. Essas coisas são retiradas durante essa lavagem. Depois a gente adiciona um pouco mais de líquido e põe a enzima junto do tecido. Ele fica por 40 a 50 minutos dentro de um agitador térmico que mantém a temperatura do tecido em torno de 38 graus e misturando a enzima que é a colagenase. A colagenase dissolve o tecido soltando as células que estão presas entre as células de gordura, perto dos vasos sanguíneos. Depois de misturado, esse tecido é tamponado, a gente tampona essa enzina, ela perde seu efeito enzimático e a gente processa o tecido através de centrifugação. Isso nos garante um maior número células, um maior número de células viáveis. Elas são, então, injetadas no paciente no mesmo ato cirúrgico. O paciente fica dentro da sala, isso é feito dentro da sala de cirurgia. A célula é fresca, não é manipulada e ela tem tanto a viabilidade quanto o número de células, ele é muito maior do que nos outros sistemas. 

Quais os benefícios da aplicação intratecal. Ouvi por especialistas no Panamá que intratecal e venoso dá no mesmo. Quais os Perigos da intratecal?

A injeção intratecal dessas células, que dizer, dentro do líquor que está em contato com o cérebro. Existem várias correntes nesse sentido. Existe uma corrente que a injeção intratecal tem mais efeito e existe uma corrente que defende que a injeção venosa tem mais efeito. A única coisa que eu ainda não consegui explicação suficiente para responder essa pergunta adequadamente é o número limite máximo de células que eu posso colocar dentro do líquor sem causar alteração para o paciente, causar algum problema, que pode ser até uma meningite. Então, a gente deve ir com cuidado para não exceder esse limite fisiológico.

Gostaria de saber se já fazem no Brasil células troncos e se alguém já fez e teve resultados?

No Brasil há diversos grupos trabalhando com pesquisas com célula-tronco para o autismo. Acho que no Paraná tem um, tem gente no Rio e São Paulo trabalhado com isso. Volto a dizer, não sei o estágio atual. Vamos ter uma ideia disso em outubro em uma reunião na Câmera dos Deputados em Brasília. O Alisson, um pesquisador brasileiro que mora na Califórnia vai trazer os resultados.

Tenho o cordão umbilical guardado, pode ser usado? Quais os benefícios? Eu tenho as células do cordão do meu filho armazenadas. Em que isso pode contribuir para meu filho TEA?

O único benefício que eu vejo do cordão umbilical guardado é a propriedade que ele tem de ser do próprio indivíduo. Volto a dizer que as células congeladas podem perder viabilidade e pode de ter, na hora de multiplicar, muita alteração. Porque você tirar de um tecido que tem 5 mil células-tronco/cm³, você tirar 50 ou 60 milhões de célula para fazer um tratamento, a multiplicação é grande. Eu, pessoalmente, nunca fiz, mas pessoalmente eu tenho desconfiança da manipulação excessiva dessas células. No entanto, ele já foi congelado, guardado e pode ser utilizado em caso de necessidade.
Como faço para extrair essa célula?
Como eu já expliquei, pode ser por punção dentro do osso, pode ser o osso longo fêmur, pode ser a tíbia, pode ser o rádio, o externo ou a crista ilíaca. Normalmente se opta pela crista ilíaca que tem maior volume de polpa. Assim mesmo se a gente juntar toda a medula óssea de um paciente adulto ela não chegará a 1 litro de medula óssea. Então, é limitada a quantidade. Já as células-tronco de gordura, você faz uma lipoaspiração que pode se tornar praticamente ilimitado. Precisou fazer, você engorda e faz de novo.

Este procedimento é feito nos EUA? Se não, por quê?

Esse procedimento ainda não é feito nos Estados Unidos para uso em autismo. Eles ainda estão atrasados em pesquisa porque o Bush segurou as pesquisas por 12 ou 13 anos e depois que ele saiu ainda continuaram travados pela legislação. Agora eles estão iniciando os trabalhos de forma mais controlada.

Queria saber qual a diferença da célula tronco extraída da gordura e a célula-tronco do umbigo. Essa do umbigo seria a mesma do osso do fêmur e da coluna?

O que diferencias as células-tronco da gordura para as células-tronco do umbigo são as linhagens que elas são capazes de desenvolver. Da mesma forma que as do dente e da mesma forma que as do embrião. Quando você tira do embrião, a célula embrionária tem um a capacidade imensa de se transformar em qualquer um dos 200 tipos celulares ou mais que a gente tem no organismo. As da medula óssea, do cordão ou do dente tem mais ou menos a mesma potência. Da gordura, a gente teria que para fazer outros tipos celulares, por exemplo de linhagem do sangue, você teria que fazer uma modificação um pouco maior. Porém para os outros tipos de tecido, ela tem a capacidade de transformação quase igual à dos outros tipos de célula-tronco.

Esse tratamento de células tronco é indicado para todas as crianças? Quais benefícios podemos esperar?

Poder ser indicado para todas as crianças eu acho que é mais uma necessidade nossa do que da própria criança, porém nós estamos na pontinha do iceberg e estamos descortinando o real contorno dessa terapia, o real resultado dessa terapia para os indivíduos. Os resultados são extremamente promissores na área de movimentos finos de mão, atenção, obediência a comando verbal, independência, fala, comunicações e convivência. Isso tem sido observado em quase todos os pacientes, a convivência com os irmãos e as outras pessoas melhoram muito. A gente tem resultados excepcionais, a gente pode observar resultados excepcionais, independentes do número de células. Talvez seja por causa do tipo de células que foram usadas.

As células tronco são capazes de alterar um gene?

Não, mas eu gostaria de salientar uma coisa: nem sempre o TEA está ligado a alteração genética. Ela pode ser uma alteração genética que altera uma função de uma enzima, por exemplo, no corpo. Ou ela pode ser a uma alteração genética levando à alteração de um componente que vai alterar as funções no cérebro. Isso pode ser alterado ou pode ser revertido, com a modulação da inflamação e da imunogenicidade. Ou seja, o meu organismo começa a aceitar aquela alteração com menos reação do próprio organismo. E a imunogenicidade é importante para manter esse “ataque”, vamos dizer assim, essa resposta a uma agressão qualquer, seja digestiva, seja ambiental, ela promove uma modulação dessas respostas e melhora o quadro geral. Alteração genética a gente nem espera dessas células, mas tem coisa vindo por aí. Já ouvi trabalhos que vão começar a promover essa alteração genética a partir da identificação de um dos genes responsáveis pelo Transtorno do Autismo.


Contatos:

Whats: +31 99981-7416
Site: http://www.gidbrasil.com.br/

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O uso da L-Carnosina no autismo

Café com Conhecimento

O impacto da suplementação com L-Carnosina em crianças autistas


Baseado em: http://www.autismparentingmagazine.com/news-benefits-l-carnosine-autistic-children/ 

L-carnosina é um aminoácido que ocorre naturalmente no corpo. As concentrações mais elevadas de L-carnosina são encontradas nos tecidos do coração, músculo e cérebro. A carnosina é classificada como um dipéptido, que é um composto feito de moléculas de aminoácidos que estão ligados entre si. Seu uso pode melhorar a função do lobo frontal no cérebro e as pesquisas sugerem que também é um antioxidante poderoso.
A forma sintética de carnosina está disponível e vendido como um suplemento para ajudar a tratar uma variedade de problemas de saúde. Estas incluem doenças de fígado, câncer, catarata e Alzheimer. Também é comercializado como um nutriente anti-envelhecimento. Alguns médicos e pesquisadores afirmam que a carnosina pode ser de grande ajuda para crianças com autismo.
Pesquisas indicam que a carnosina pode ajudar crianças autistas em uma variedade de maneiras, principalmente no que toca o comportamento da criança e habilidades de linguagem, bem como melhorar a função do sistema nervoso. Estudos têm relatado que as crianças que tomam suplementos de carnosina têm mostrado melhora nas seguintes áreas:
  • vocabulário
  • compreensão da linguagem
  • comunicação
  • socialização
  • reconhecimento de objetos
  • consciência do ambiente
  • habilidades motoras finas
  • processamento auditivo
Um estudo duplo-cego (controlado e com uso de placebo) foi conduzido pelo Dr. Michael G. Chez, et al. No estudo, trinta e uma crianças com autismo entre as idades de três a doze anos foram tratados com um suplemento de carnosina ou um placebo. O estudo durou oito semanas, ao final a maioria das crianças que tomavam os suplementos de carnosina apresentaram melhora significativa em habilidades relacionadas ao comportamento, a socialização e a comunicação. A avaliação do impacto foi realizada tendo como base o Childhood Autism Rating Scale (CARS), a Autism Rating Scale Gilliam (GARS) e Expressive and Receptive One-Word Picture Vocabulary tests (E/ROWPVT). Relatórios apresentados pelos pais das crianças também foram utilizados na avaliação. As crianças que tomavam o placebo em vez da carnosina, não apresentaram impactos positivos. Os pesquisadores afirmaram que, "A suplementação oral com L-carnosina resultou em melhorias tangíveis em comportamentos autistas, bem como aumentos na compreensão da linguagem que atingiram significância estatística."


Fonte: http://nutritionreview.org/2013/04/lcarnosine-autism/





segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Com olhos de uma criança



Dia 05 de outubro BH verá as coisas de um novo jeito.


Acesse e conheça: http://dom662.wixsite.com/olhosdecriancas

sábado, 13 de agosto de 2016

Células Tronco - Clínica Gerobasso

Café com Conhecimento

Nessa rodada de Café com Conhecimento contamos com o Dr Décio, que nos brinda com seu conhecimento sobre células tronco.



Dr. Décio Basso

Médico formado pela UFSC, em 1982. Especializado em geriatria e gerontologia pela PUCRS. Faz parte do staff médico do centro de pesquisa de terapia celular pela MBVVAX ( The University British Columbia Canada). Professor de Clínica Médica da faculdade de medicina da Universidad Privada Del Este PY. Diretor Clínico da GEROBASSO Research Institute, que é referência internacional em terapias inovadoras utilizando células tronco mesenquimais.

Poderias descrever como é realizado o procedimento em vossa clínica, destacando as diferentes técnicas utilizadas para a obtenção das células, suas diferenças e cenários de aplicação?

As células tronco que utilizamos são as mesenquimais autólogas homólogas, que são células adultas retiradas da medula óssea do próprio paciente ao longo de 5 semanas. Ou seja, quatro semanas de preparo para que, na quinta semana, se faça o grande implante.
Usamos  laser, PRP, hidrocólon, ozônioterapia, processo de eliminação de metais pesados, fornecimento de minerais e aminoácidos ao paciente, otimização hormonal a depender da idade do paciente, controlando –se os marcadores de células tronco até que se possa fazer o grande implante na quinta semana. Existe uma equipe para tudo isto.
As quatro semanas que antecedem  o grande implante de células tronco são utilizadas para que se estimule a produção interna, na medula óssea, de células tronco. São feitas retiradas de pequenas quantidades, em torno de 36 ml semanais e ao final, na quinta semana, uma retirada de maior volume, a depender do caso, podendo chegar a 200 /250 ml.
Tem funcionado muito bem esta utilização. É um procedimento que requer um preparo, que pode ser realizado de várias maneiras, dependendo da avaliação do caso, mas normalmente se levam 5 semanas para que se faça o implante completo.
Não utilizamos células embrionárias pois, apesar de serem poderosas, são extremamente incontroláveis, sendo o índice teratogênico muito alto. Hoje cita-se um índice de 11%, mas acredita-se que seja muito maior. Assim, toda vez que um paciente faz uso deste tipo de células, embrionárias, sabe-se que pelo menos 11% deles terão algum tipo de câncer. Por isto não nos utilizamos desta técnica.
Não usamos células de gordura, não usamos células de dente de leite, nem células de cordão umbilical, porque os trabalhos científicos demonstram uma pobreza e ineficiência quando o assunto é tratamento médico em doenças degenerativas, que é o caso de nossa clínica, que trata paciente com ELA (esclerose lateral amiotrófica), com distrofias musculares, com pacientes que precisam ser transplantados por doença renal ou grave insuficiência cardíaca, cerebropatias congênitas graves. São todos pacientes de altíssimo risco, então utilizamos apenas células tronco retiradas da medula óssea.

O ideal não seria utilizar células de outra pessoa, não doente?


As células utilizadas no implante são extremamente protegidas e estão inativas. Ou seja, a doença que está afetando a pessoa não está afetando as células tronco. Por isso pode ser do próprio paciente.



Quais são as vias de aplicação das células?

No grande implante de células tronco, utiliza-se também a via hemática, endovenosa, intratecal e a peridural. Na clínica, quando o processo degenerativo envolve a parte neurológica, se usa no grande implante a via endovenosa, associado a procedimentos  específicos que fazem com que as células tronco ultrapassem a barreira hematoencefálica e já adentrem no sistema nervoso.

Como é feita a preparação do paciente e das células?

Toda a preparação é feita na clínica. O laboratório também é dentro da clínica,ao lado da sala de cirurgia. Até hoje nunca tivemos problemas com nossos pacientes, com nossa técnica. Não fazemos imunossupressão, mas sim imunomodulação, por isso não corremos risco de processos infecciosos, de contaminação por fungos.

É necessário imunossuprimir o paciente antes da aplicação das células?

Não há necessidade alguma de se anular o sistema imunológico da pessoa, nunca utilizamos este método e nunca tivemos rejeição nem ao menos utilizamos antibioticoterapia preventiva ou pós algum tipo de implante. Não consideramos a técnica de imunossupressão avançada, pois paciente imunossuprimido  tem que viver praticamente em uma bolha, pois qualquer infecção pode ser mortal e a necessidade de cuidados extremos como UTI pode tornar o procedimento impraticável.
Nossa técnica é uma técnica americana aperfeiçoada por canadenses, muito bem vista em todo o mundo e nos levando a palestrar no congresso europeu a respeito. O protocolo canadense é muito simples, seguro, evoluído e a resposta e resultados dos pacientes também são ótimos.

A idade do paciente pode interferir no resultado? Pacientes com deficiência de G6PD podem realizar o procedimento?

A idade do paciente não tem muito a ver com a resposta. Evidentemente uma criança terá maior resposta que um paciente idoso, mas existem diversas técnicas para o aumento da proliferação de células. Nosso paciente mais novo tem 2 anos. Inclusive pacientes com deficiência na G6PD podem fazer este tipo de implante. O único problema que encontramos são pacientes que realizaram implantes anteriores de células embrionárias e buscam nossa clínica. Neles, tomamos o devido cuidado de solicitar o exame Onco 3, que mapeia células tumorais circulantes a partir de células tronco. Em havendo alguma alteração positiva neste exame, não fazemos o procedimento, pois este paciente certamente desenvolverá câncer. Do contrário, não há problema.

O procedimento é indicado para outros quadros degenerativos ou apenas para autismo?

Em todo e qualquer processo que esteja ocorrendo no organismo as células tronco têm condições de fazer uma regeneração. Trabalhamos com pacientes cadeirantes, incluindo ,por exemplo, uma paciente com lesão medular, que  tem apresentado os primeiros  movimentos dos pés e das pernas após transcorridos dois meses  de pós implante. Há que se entender que cada paciente é único e terá um tipo de avaliação, um protocolo, e dentro de um protocolo há inúmeras variações. Mas como já dito, nunca tivemos um paciente que não tenha recebido nenhum tipo de melhora e já tivemos pacientes com melhoras de 100%. Assim, sempre digo que a expectativa é sempre ótima e não temos nos decepcionado.
Não existe um lugar em que as células tronco não possam regenerar, mas há pacientes que respondem melhor, outros mais lentos, mas todos apresentam reações positivas.

Como é feito o preparo para que o procedimento possa ter uma maior probabilidade de sucesso?

As células tronco necessitam de marcação de superfície de células lesadas para poder atuar, para poder fazer replicação e regeneração. Quem leva estes marcadores, que são chamados CDs são as plaquetas, por isso se faz o PRP frequentemente e se acompanha o número aumentando dos CDs indicadores de fatores de crescimento local. E nós temos que atingir acima de 75% de viabilidade celular para poder fazer o implante e isto se faz às custas de PRP, dentre outras coisas. Sendo o PRP peça fundamental.

O procedimento de células tronco é indicado para casos de câncer?

Em paciente em  tratamento de quimioterapia ou radioterapia fica impraticável o uso de células tronco. É necessário se passar um tempo e fazer todo um preparo especial para que se tenha células tronco viáveis par se fazer um implante. Paciente em uso de rádio e quimio não tem melhora com células tronco.





Contatos:

Fone: +21 59 561 578 255
Site: http://gerobasso.com/ 

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Câmara aprova política nacional para pacientes com doenças raras no SUS


02/08/2016 - 13h44

Câmara aprova política nacional para pacientes com doenças raras no SUS

O projeto obriga o Ministério da Saúde a fornecer medicamentos para o tratamento de doenças graves e raras, ainda que eles não constem na relação de remédios disponibilizados gratuitamente pelo SUS
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou hoje o projeto que cria a Política Nacional para Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta define como doença rara aquela que afeta até 65 em cada 100 mil pessoas (PL 1606/11).
Como tramita em caráter conclusivo, a proposta poderá ser remetida diretamente para o Senado, exceto se houver recurso para que o Plenário da Câmara também analise o texto.


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O texto aprovado na CCJ é o substitutivo da Comissão de Finanças e Tributação ao Projeto de Lei 1606/11, do ex-deputado Marçal Filho, e ao PL 2669/11, do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), que tramita apensado.
Pelo projeto, essa política deverá ser implantada em até três anos, tanto na esfera nacional, como na estadual e na municipal, com o objetivo de estabelecer uma Rede Nacional de Cuidados ao Paciente com Doença Rara. A proposta estabelece as competências de cada um dos entes federativos (municípios, estados e União) na execução da política.
O projeto obriga o Ministério da Saúde a fornecer medicamentos para o tratamento de doenças graves e raras, ainda que eles não constem na relação de remédios disponibilizados gratuitamente pelo SUS.
Prazo para valer
O relator na CCJ, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), fez apenas uma mudança: suprimiu o prazo de 90 dias dado pela proposta original para que o Executivo regulamentasse a nova lei.
Ele argumentou que o Supremo Tribunal Federal já decidiu que é nula toda norma que venha a impor prazo para que outro poder execute atribuição de sua exclusiva competência, como a de regulamentar leis. “Com isso a proposta segue sem prejuízos, e esperamos que o governo regulamente a medida no menor prazo possível”, disse.
Atenção básica e especializada
A política será implementada tanto na chamada atenção básica à saúde, quanto na atenção especializada.

Na atenção básica (Unidades Básicas de Saúde e Núcleo de Apoio à Saúde da Família) serão identificados os indivíduos com problemas relacionados a anomalias congênitas, erros inatos do metabolismo, doenças geneticamente determinadas e doenças raras não genéticas. A ideia é que os portadores de doenças raras sejam identificados precocemente, no pré-natal ou ainda recém-nascidos, e que recebam o tratamento adequado desde a primeira infância. A política prevê ainda o suporte às famílias dos pacientes com doenças raras.

Já na atenção especializada (Unidades de Atenção Especializada e Reabilitação e centros de referência) será realizado o acompanhamento especializado multidisciplinar e os demais procedimentos dos casos encaminhados pela atenção básica.

Centros de referência
Conforme o texto, cada estado deverá estruturar pelo menos um centro de referência, que deve, na medida do possível, aproveitar a estrutura já existente em universidades e hospitais universitários.

A proposta estabelece ainda que os estabelecimentos de saúde habilitados em apenas um serviço de reabilitação passarão a compor a rede de cuidados à pessoa com doença rara. O objetivo é dar assistências aos pacientes sem tratamento disponível no âmbito do SUS. A ideia é que esses centros possam se articular com a rede do SUS, para acompanhamento compartilhado de casos, quando necessário.

Medicamentos órfãos
A política reconhece o direito de acesso dos pacientes diagnosticados com doenças raras aos cuidados adequados, o que inclui a provisão de medicamentos órfãos (aquele destinado ao diagnóstico, prevenção e tratamento de doença rara). Pelo texto, a necessidade de utilização desses medicamentos órfãos deverá ser determinada pelos centros de referência do SUS e reavaliada a cada seis meses.
Segundo o texto, a incorporação do medicamento órfão pelo SUS deverá ser considerada sob o aspecto da relevância clínica, e não sob o aspecto da relação custo-efetividade. A proposta diz ainda que os medicamentos órfãos destinados ao tratamento de doenças raras terão preferência na análise para concessão de registro sanitário junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e estabelece algumas regras para facilitar esse registro.
Reportagem – Marcello Larcher
Edição – Natalia Doederlein

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/513162-CAMARA-APROVA-POLITICA-NACIONAL-PARA-PACIENTES-COM-DOENCAS-RARAS-NO-SUS.html

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

A história da membrana celular e da mitocôndria

Café com Conhecimento

Conheça, através de uma paródia leve, a importância da membrana celular e seu impacto na nossa mitocôndria

Baseado em: http://nutritiongenome.com/all-health-starts-in-the-cell-membrane-and-mitochondria

Imagine a sua célula como o seu próprio reino pessoal. O núcleo e as mitocôndrias são o Rei e a Rainha, que abrigam o seu DNA. A membrana celular representa o fosso e a força de sua parede que cerca o castelo, e o citoplasma são os jardins circundantes. Sua fortaleza é reforçada por sua dieta baseada em ‘mocotó’, carnes orgânicas, peixes selvagens, ovos de galinhas orgânicas, frutas locais orgânicas, vegetais orgânicos, cogumelos orgânicos, nozes orgânicas, sementes orgânicas e grãos orgânicos. Às vezes esses alimentos são ‘disfarçados’ com óleo vegetal, açúcar, conservantes, produtos químicos e são apresentadas de uma forma agradável ao paladar e aos olhos. Fast food, açúcar, conservantes e alimentos processados ​​estão todos dentro do cavalo de Tróia que você permite adentrar (através do portão principal) em seu reino, ao consumir esses alimentos, criando uma guerra total no citoplasma ao criar um ‘portão’ para a célula. Agora que esse ‘portão’ foi criado, metais pesados, produtos químicos, vírus e bactériasapressam-se para atravessá-lo, para atacar o reino e ameaçar a vida do rei e da rainha. Você envia a sua defesa contra este ataque, enviando seus cavaleiros, arqueiros e tropas terrestres. A sobrevivência das suas células saudáveis ​​e reino depende de sua deficiência alimentar, toxicidade ou ambos.


A Genética da membrana celular e da mitocôndria

SOD1 e SOD3: Você precisa de mais zinco e cobre?

Superóxido dismutase é uma enzima que protege as células do stress oxidativo aumentado e dos danos que os radicais livres causam nas estruturas celulares como membranas, mitocôndrias, DNA e proteínas. A SOD1 está localizada no citoplasma, se liga ao cobre e zinco, e é uma das duas enzimas responsáveis ​​pela destruição dos radicais superóxidos livres no corpo. As mutações podem levar a uma diminuição da capacidade de lidar com o stress oxidativo.
O que isto significa para você? Se você tem uma mutação na SOD1 ou SOD3, você precisa ter certeza que está recebendo a dose de zinco e cobre adequada em sua dieta para proteger a parte externa das mitocôndrias. A dose diária de zinco deve ser muito maior, e a maioria de nós provavelmente têm muito cobre.

SOD2: Você precisa de mais manganês e antioxidantes?

SOD2 codifica a Mn-SOD (SOD mitocondrial manganês), que catalisa a dismutação de superóxido em peróxido de hidrogênio e água. Polimorfismos em SOD2 (+/- e +/+) estão associados com a atividade SOD reduzida.
SOD2 desempenha um papel crítico na proteção das células neuronais contra o stress oxidativo induzido por glutamato e cito toxicidade. Em concentrações elevadas, o glutamato é neurotóxico. Acredita-se que morte neuronal induzida por glutamato é um fator importante no desenvolvimento de várias doenças neuro degenerativas. Os dados indicam que as mitocôndrias são importantes alvos iniciais da neurotoxicidade induzida pelo glutamato oxidativo. Evitar glutamato monossódico e promover níveis saudáveis de GABA, ​​ajuda a evitar níveis elevados de glutamato.
O DNA mitocondrial é dez vezes mais susceptível a danos induzidos por radicais livres do que o DNA nuclear, levando a disfunção mitocondrial, perturbações de produção de energia celular e envelhecimento celular acelerado.
Estudos descobriram que além de folato, vários nutrientes antioxidantes e fito químicos têm o potencial de melhorar a reparação do DNA e reduzir lesões oxidativas do mesmo. Esses contributos alimentares poderiam, teoricamente, compensar defeitos hereditários em mecanismos de reparação. Além disso, indivíduos com polimorfismos hereditários que diminuem a atividade de sistemas de enzimas antioxidantes, podem ter uma maior exigência de antioxidantes na dieta para prevenir o dano ao DNA ou risco de câncer. Cordycepsnsis (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15506292) cogumelo medicinal raro, considerado durante séculos como uma das pedras basilares da medicina chinesa, reconhecidamente melhora a atividade do SOD nos glóbulos vermelhos, no cérebro e no fígado.
O que isto significa para você? Se você tem essa mutação, você precisa adicionar manganês em sua dieta a partir de mexilhões, avelãs, pinhões, nozes, macadâmia, amêndoas, grão de bico, espinafre, couve, chá preto, amoras, chocolate e lentilhas. Você também deve optar por um prato colorido que possa ofertar os micronutrientes necessários.

PEMT: Você precisa de mais Colina?

A fosfatidilcolina é catalisada pela enzima fosfatidiletanolamina - N - metiltransferase (PEMT), que é induzida por estrogênio.
Um polimorfismo genético comum (rs12325817) no gene PEMT, também pode aumentar o risco de deficiência de colina no organismo. Oitenta por cento das mulheres que são homozigotos para o SNP manifestam sinais de depleção de colina (disfunção hepática ou muscular), em relação a 43 % dos indivíduos com apenas uma cópia do alelo variante e 13 % dos indivíduos sem o SNP. Quase 75 % da população da Carolina do Norte nos Estados Unidos tem um alelo variante.
O que isto significa para você? Se você tem essa mutação, você deve comer alimentos ricos em colina, incluindo ovos e fígado para manter as membranas das células saudáveis.

BCMO1: Você precisa de suplementação adicional de vitamina A?

A enzima chave responsável pela conversão de betacaroteno na retina é o betacaroteno 15,15' - monoxigenase (BCMO1). Voluntários do sexo feminino que transportam uma variante em rs7501331 apresentaram uma capacidade reduzida em 32% na conversão do betacaroteno, já os em homozigose, apresentam redução de 69% na conversão do betacaroteno em retinol afetando, inclusive, a saúde da tireoide.
O que isto significa para você? Se você tem essa mutação, você deve obter a vitamina A em uma forma pró-retinol, de ovos, fígado e óleo de fígado de bacalhau, para a proteção interna da membrana celular.

Você apresenta sensibilidade à ingestão de óleos vegetais e suplementação de cálcio?

Mutações no gene CASR estão associadas a níveis séricos mais elevados de cálcio em indivíduos de origem europeia, indiana e asiática.
As gorduras poli-insaturadas (óleos vegetais), gorduras trans, alimentos fritos, como batatas fritas ou carne frita, leite em pó ou ovos em pó e fumo estão ligados ao colesterol oxidado (oxysterols), aumentando a esfingomielina nas membranas celulares das artérias coronárias. Isto leva a artérias obstruídas e melhora a interação entre a membrana e o cálcio iónico, aumentando assim o risco de calcificação arterial.
27 - hidroxicolesterol encontrado em gorduras fritas e alimentos processados ​​tem sido referenciado em estudos como "muito tóxico". As mulheres com menos de 60 anos de idade que foram submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio apresentaram 45 ng / mL oxysterols mais livres no plasma do que os indivíduos do grupo de controle. Da mesma forma, os homens com menos de 60 anos de idade que foram submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio apresentavam 50,7 ng oxysterols mais livres no plasma do que os do grupo de controle.
O que isto significa para você? Evite todos os óleos vegetais e alimentos fritos, certifique-se de que a sua ingestão de magnésio é maior do que a ingestão de cálcio, garanta níveis adequados de K2 para promover a saúde de suas membranas celulares.


Fontes:

1. H202:http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2763257/
2. Cell Membrane, C and E: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK9898/
3. PUFAhttp://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0005273612000156
4. CoQ10: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11229531
5. Food Dyes http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02652039609374376#.VjJIhoR8vzI
6. Strawberries: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24962387
7. Superoxide in Mitochondria: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0891584904004538
8. Cordyceps: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21061463
9. NO and ONOO-: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10989653
10. Melatonin, vitamin E: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7776173
11. OH in Mitochondria: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19490751
12. Vitamin/Minerals Mitochondria: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16102804
13. Vitamin A: Reishi: http://www.lifeextension.com/magazine/2013/2/how-reishi-combats-aging/page-01 15. Omega-3’s: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3205506/
16. mDNA by Ward Dean MD: http://www.vrp.com/neuroendocrine-theory-of-aging-chapter-3-part-two-the-energy-homeostat-the-source-for-cellular-energ?

terça-feira, 2 de agosto de 2016

MethylB12 - Esclerose Lateral Amiotrófica - Metilcobalamina - MB12

Boas notícias que mostram que a troca de informações sobre os tratamentos para doenças auto imunes, só nos trazem benefícios. A base acaba sendo sempre muito parecida.





 A ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL denominada MOVIMENTO EM DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (MOVELA), após ler uma postagem sobre a MB12 aqui no blog,  trouxe ao conhecimento da CITOPHARMA, nossa parceira, que o produto Metilcobalamina injetável,  passou a fazer parte do Protocolo de tratamento da ELA por Neurologistas brasileiros. A dose preconizada é 25mg/ml 2 vezes/semana. 

Esse conceito de prescrição surgiu a partir de um Simpósio Internacional de DNM/ELA ocorrido em dezembro/2015 em Orlando EUA, onde foram apresentados alguns estudos clínicos favoráveis ao uso da Metilcobalamina no tratamento da ELA.


Os pacientes de ELA, têm grande interesse de que esse produto seja registrado na ANVISA, para que assim possa ser  solicitado ao CONITEC a sua incorporação no PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPEUTICAS NO TRATAMENTO DA ELA, que a muitos anos possui apenas uma droga incorporada, o Riluzol, por falta de outras opções terapêuticas eficazes demonstradas através de estudos clínicos

Resultados  positivos do ensaio clínico apresentado no

 26th International Symposium on ALS/MND


Por: ALS Worldwide

A Worldwide (http://alsworldwide.org)  tem recomendado e apoiado o uso de methylcobalamin em alta dosagem (vitamina B12) administradas através de injeções intramusculares diárias durante os últimos oito anos. Durante esse tempo, mais de 2500 pacientes de ELA/DNM nos EUA e  em outros países têm se beneficiado da utilização deste tratamento.
Um estudo experimental recentemente concluído confirma que, "O presente estudo demonstrou pela primeira vez que a alta dose de metilcobalamina pode prolongar significativamente a sobrevivência e retardar a progressão da ELA se administrado cedo e através de injeção. Tal como discutido no  Neurology Today, a fase III do  ensaio clínico (NCT00444613) de vários anos mostrou que a administração precoce da metilcobalamina em  dose elevada pode aumentar a sobrevivência de uma mediana de 600 dias, em comparação com o placebo.”
.Os pacientes devem pedir ao seu médico para ter  acesso à alta dosagem de metilcobalamina em  injeções diárias, disponíveis através de farmácias de manipulação. Para obter mais assistência, por favor enviar e-mail para: info@alsworldwide.org.
Os detalhes sobre a  Metilcobalamina

A metilcobalamina é uma forma líquida de vitamina B12
que fornece a força e a energia muscular, e tem demonststrado reduzir a fraqueza muscular e a atrofia  na ELA. Nós (Worldwide) tomamos  conhecimento deste suplemento há vários anos, e nós estamois  impressionados com a sua capacidade para reduzir a fraqueza muscular e a atrofia dos  pacientes de ELA.

Esse  suplemento também tem sido foco de ensaios clínicos em curso no Japão há mais de 20 anos. Em meados da década de 1990, a Universidade de Kyoto, no Japão realizou  um estudo impressionante sobre o uso de altas doses de methylcobalamin líquido, usando ratos como cobaias. Este estudo foi seguido por um pequeno, mas cuidadosamente controlado e monitorizado estudo em humanos, em que foram obtidos resultados semelhantes. Este esforço bem sucedido levou a Eisai Co., Ltd, Pharmaceutical para realizar um estudo aprofundado de pacientes com ELA em 2007 através da Universidade de Tokushima. O último estudo mostrou-se ainda mais eficaz e tem sido fundamental para a recomendação de dosagem elevada da methylcobalamin injetável em ELA desde 2008.

Para ver os resumos de ambos os estudos, por favor, consulte os seguintes links:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8021696
.
Os testes de segurança e de dosagem anteriores de alta dosagem de methylcobalamin IM  demonstraram  benefícios após aproximadamente 30 dias.

Fonte:

Tradutor Google com texto editado