sábado, 2 de abril de 2011

A esperança para o Autismo



No dia 02 de abril é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Neste dia haverá diversas manifestações para esclarecimento da população sobre esta síndrome. E até o dia 7 de abril, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Monumento às Bandeiras e o Viaduto do Chá em São Paulo, entre outros, receberão iluminação azul, a cor símbolo da campanha.

Autismo é uma síndrome caracterizada pela dificuldade de concentração e interação da pessoa acometida. "Este é um transtorno no neurotransmissor. O cérebro está alterado e tem neurônios mais curtos e com menos ramificações, por isso realiza menos transmissões de informações e tem uma menor conectividade com o cérebro", explica Dr. Estevão Vadasz, coordenador do Ambulatório de Autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Os sintomas afetam três áreas importantes do comportamento. Segundo o Dr. Estevão, são elas: transtorno na área de linguagem, dificuldades de socialização e sociabilidade, além de comportamento repetitivo e interesse restrito. É notado que o autismo afeta em maior parte os meninos. As estatísticas mostram que são de três a quatro garotos para cada menina. Porém, o sexo feminino apresenta quadros, geralmente, mais graves.
O tratamento adequado ajuda a melhorar a qualidade de vida das crianças. "Quanto mais cedo forem notados os sintomas, melhores serão os resultados dos procedimentos", garante o especialista. Para que a criança seja diagnosticada como portadora de autismo é imprescindível que os sintomas apareçam antes dos três primeiros anos de vida. "Se os mesmos surgirem após essa idade é caracterizado como outra síndrome", afirma o Dr. Vadasz.
O especialista revela que 70% da doença provêm de fatores genéticos. Não há um único gene responsável, é a combinação de vários que determina a síndrome. Hoje, autismo não tem cura, mas estudos sobre o assunto estão sendo feios. O Dr. Estevão Vadasz coordena um projeto de pesquisa voltado para a identificação de genes desencadeadores da síndrome. E está otimista. A idéia é usar células-tronco das próprias crianças, e diferenciá-las em neurônios, a fim de introduzi-las no sistema nervoso e reajustar o formato dos neurônios curtos.
Técnicas terapêuticas e pedagógicas são complementares aos demais tratamentos. Dr. Estevão recomenda três tipos delas: TEACCH, ABA e PECS. Esses procedimentos dizem respeito aos trabalhos pedagógicos e acompanhamento psicológico. Neles, imagens são utilizadas para ajudar as crianças a aprenderem e memorizarem ações e nomes de objetos. É importante lembrar que somente em casos raros o autismo é incapacitante.

Fonte: www.villadamulher.terra.com.br

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